CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Paraenses gastaram mais de R$ 7 milhões em bebidas alcoólicas em 2022, aponta estudo

Nesta segunda (20), no Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo, a nutricionista Rita Figueiredo alerta para os riscos com a ingestão excessiva de álcool

Camila Guimarães
fonte

Os paraenses gastaram cerca de R$ 772,8 milhões em bebidas alcoólicas ao longo do ano passado, valor 22,4% maior que o gasto em 2021, quando o desembolsado foi de R$ 631,4 milhões. Só em Belém, as despesas superaram R$ 265,9 milhões em 2022, contra R$ 187,4 milhões em 2021, apontando para um crescimento de 41,8%. Os dados são do estudo IPC Maps, da IPC Marketing Editora - empresa que calcula o potencial de consumo por categorias de produtos no Brasil. Para a nutricionista Rita Figueiredo, o hábito de consumir bebida alcoólica é um traço de socialização na cultura paraense, assim como no Brasil, mas também é uma prática que não pode ser feita sem cuidados. O Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo, celebrado nesta segunda, 20, também alerta sobre isso.

VEJA MAIS

image Misturar remédio com álcool faz mal? Veja os riscos
Para aqueles que estão fazendo algum tratamento com medicamentos, comemorar com álcool pode gerar a famosa dúvida: posso misturar bebida e remédio?; veja

image Tomar uma taça de vinho por semana durante a gravidez causa dano cerebral dos bebês, diz estudo
O álcool introduzido na gravidez pode causar defeitos congênitos, abortos espontâneos e alterações comportamentais

image Duas cervejas por dia reduzem risco de demência, diz estudo
Pesquisadores acreditam que doses baixas de álcool podem ativar sistema protetor do cérebro

"As bebidas alcoólicas estão presentes em vários processos de socialização, inclusive rituais religiosos, como o vinho, por exemplo, que é o sangue de Cristo nos rituais católicos. Elas também são uma das mais sofisticadas produções da culinária dominada pela humanidade há milênios. É difícil falar em uma dosagem sadia. Pois isso depende de vários fatores, inclusive genéticos. Mas é possível dizer que o consumo é saudável até o ponto de não haver dependência química", pondera a especialista.

Durante períodos festivos, como o Carnaval, é comum haver o aumento do consumo de álcool, porém, períodos de crise também podem ter alguma influência no padrão de consumo de bebidas da população. "Segundo o último Vigitel [Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico] de 2019, foi percebido o aumento do consumo de álcool entre as mulheres com maior escolaridade e as adolescentes. Porém, já são dados defasados, e é preciso um novo levantamento para identificar, por exemplo, os impactos da pandemia nesse diagnóstico", destaca Rita, considerando o aumento da quantia gasta em bebidas alcoólicas nos últimos anos, segundo os dados do IPC Mpas.

Para quem tem aproveitado o Carnaval para se permitir um maior consumo de álcool do que normalmente, no cotidiano, Rita alerta que é preciso tomar cuidados para evitar problemas: "Antes de ir festejar, é importante ter uma alimentação mais leve e não muito gordurosa. Beber água, intercalando as bebidas alcoólicas. Porém, se passar do limite, tenha sempre em casa uma água de coco ou uma bebida isotônica, pois a desidratação não será solucionada apenas com água. O soro caseiro também ajuda".

 

Quando o consumo de álcool se torna alcoolismo

A nutricionista aponta que o menor sinal de dependência química acende o alerta contra o consumo de bebidas alcoólicas. Esse sinal pode ser identificado por sintomas clássicos de abstinência, como tremores, sudorese e até alucinações na ausência do álcool. O consumo excessivo e dependente do álcool pode acarretar também problemas nutricionais como a perda de apetite, má alimentação, até quadros mais graves como a cirrose hepática, levando a óbito. Agravos sociais, como a exclusão, desemprego e violência também fazem parte do problema.

"O alcoolismo é uma doença e precisa de tratamento. A identificação dos sintomas pode começar individualmente ou com ajuda de amigos e familiares. Um dos maiores problemas para o tratamento é a aceitação. Geralmente, a pessoa demora muito a entender ou a aceitar que está dependente", diz Rita.

Em Belém, pessoas com problemas ligados à dependência alcoólica podem procurar ajuda no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-AD) II, que oferece atendimento a jovens e adultos em sofrimento a partir do uso abusivo ou dependência química de álcool e outras drogas. O centro fica localizado na avenida Governador José Malcher, n° 1457, no bairro de Nazaré, e funciona sempre das 8h às 18h.

 

Ranking: municípios que mais gastaram com bebida alcoólica em 2022

BELÉM – R$ 265.926.613
ANANINDEUA – R$ 65.471.274
PARAUAPEBAS – R$ 30.943.430
MARABÁ – R$ 26.738.731
SANTARÉM – R$ 26.408.567
CASTANHAL – R$ 22.983.652
MARITUBA – R$ 15.318.808
ALTAMIRA – R$ 13.104.001
TUCURUÍ – R$ 12.263.419
PARAGOMINAS – R$ 11.134.890

Fonte: IPC Maps

 

Dica da Nutricionista para o Carnaval:

Sucos detox também podem auxiliar a limpar o organismo da toxicidade do álcool em excesso.

Dica de suco detox: couve, limão, gengibre e agua de coco.

 

Problemas com álcool?

CAPS AD II (Álcool e outras Drogas)
End: Av. Gov. José Malcher, n° 1457 – Nazaré
Horário de funcionamento: 8h às 18h
Contato: (91) 32760890 (ligação)/ (91) 984007253 (whatsapp)/ capsad@ymail.com

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ