Paixão pelo vinil une amigos e traz de volta as 'festas de antigamente'
As mais tocadas no bar começaram a fazer sucesso e surgiram os primeiros convites para tocar em outros lugares e com cachê

O Clube do Vinil é formado pelos amigos e Djs Joelson Melo, Paulo Garcia e Cantídio Júnior e tudo começou em janeiro de 2019 em um grupo de whatsapp composto por 14 colecionadores de discos de vinil de Castanhal. Até que um dia o grupo decidiu se reunir em um bar chamado Novos Baianos, para escutar seus preciosos discos e bater um papo.
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“Levamos nossos equipamentos para tocar e foi colecionador de todos os estilos. Neste primeiro encontro saímos de lá e pagamos a conta, mas no nosso segundo já foi como convidados para tocar e não mais como clientes. Deu um certo resultado para o dono do bar e se tornou um lugar de encontro de quem tinha vinil e levava para tocar ou ia lá só para escutar música”, contou Cantídio Júnior que é assistente administrativo e DJ.
As mais tocadas no bar começaram a fazer sucesso e surgiram os primeiros convites para tocar em outros lugares e com cachê. Foi então que os três amigos se reuniram para tocar profissionalmente surgindo aí o Clube do Vinil. “Nós que tínhamos o material profissional para tocar resolvemos dar uma pegada profissional e reunir o que tínhamos para começar a tocar com contrato como Djs”, explicou Cantídio Júnior.
“Foi um resgate da cultura do vinil que já estava sendo esquecida e nós tiramos do fundo do baú essas preciosidades que fazem sucesso até hoje. E através do Clube do Vinil já movimentamos muitos clãs de vinil e hoje nós celebramos a evidência do disco de vinil que está voltando ao que era nos anos passados”, contou o técnico de informática e Dj, Joelson Melo.
Coleção passa dos sete mil discos
Passa de sete mil discos de vinil a soma da coleção dos componentes do Clube. E eles são categóricos quando perguntados se tem preço as suas coleções. “Não tem. É algo que vou deixar para quem ficar. Não pretendo nunca vender minha coleção”, disse o comerciante e Dj, Paulo Garcia, mais conhecido como Paulo Roots por ser apaixonado pelo Reggae.
“Tenho cerca de 2,100 discos e tenho ciúmes deles assim como eu tenho da minha esposa”, disse Cantídio Júnior.
Paulo começou a coleção ainda na adolescência com os discos que eram do seu pai. “Hoje em casa eu só escuto vinil e as outras mídias ficaram de lado. Tenho mais de três mil vinis que comecei a colecionar ainda moleque a com os discos que eram do meu pai. Eu fui pegando gosto e fui comprando”, contou Paulo Roots.
Já o primeiro do Joelson Melo foi um de house music, também na adolescência. “Eu tenho cerca de três mil discos e o primeiro que entrou na coleção foi o da banda Tecnotronic, de hause music, que ficou muito conhecida com a música Pump Up the Jam. O mais recente eu ganhei de presente que foi do when in Rome, da famosa música The Promisse”, contou.
As festas
O Clube do Vinil tem contrato em todos os meses do ano. As festas tocam da baladinha dos anos 90, Reggae e o passadão que também é conhecido como saudade. “É todo um diferencial. É como se nós fossemos uma atração juntamente com o vinis. E as festas são formadas com pessoas com uma maior maturidade e são pessoas que já tem o hábito de escutar músicas mais nostálgicas e no vinil. Um público que gosta de tudo”, contou Cantídio Júnior.
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