Governo realiza busca ativa de alunos que abandonaram escolas públicas

Ação segue até o dia 18 deste mês

Redação Integrada
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A Escola Estadual João Renato Franco, no bairro da Cremação, em Belém, promoveu nesta terça-feira, 15, o Dia D da Busca Ativa, que faz o levantamento e o chamamento dos estudantes que, por alguma dificuldade ou necessidade, se afastaram das atividades pedagógicas.

A Semana da Busca Ativa ocorre em 17 unidades escolares entre 14 e 18 de junho, nos bairros de Batista Campos, Condor, Cremação, Guamá e Jurunas.. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

A gestora Mônica Costa lembra que o objetivo da ação é trazer esses alunos de volta e reintegrá-los às atividades pedagógicas. "Com esse intuito, estamos espalhando cartazes em nossas unidades de ensino e utilizando o “bike som” nas comunidades em que coordenamos”, explicou.

Na Escola Estadual João Renato, por exemplo, a busca ativa ocorre desde 2020, antes do início da pandemia do novo coronavírus, quando o corpo docente montou um plano de ação, conforme detalha a diretora da escola, Silvana Evanovicth.

“A equipe técnica e a equipe diretiva da unidade escolar se reuniram com os professores e, juntos, montamos um plano de ação. Essa estratégia educacional tem o intuito de resgatar esse aluno que ficou fora do contexto escolar, durante a pandemia da Covid-19”, afirma.

Silvana diz que o trabalho busca verificar os motivos pelos quais o estudante não participa das atividades pedagógicas da escola nem de maneira remota.

"Devido ao período pandêmico, a questão econômica afetou consideravelmente os alunos mais carentes e, por muitas vezes, eles não podiam tirar uma xerox ou até mesmo assistir às aulas on line.Dessa forma, com o intuito de minimizar esses impactos, a Seduc, por meio da 3ª USE, está nos ajudando a fornecer esse material pedagógico impresso, o que tem garantido o processo de ensino-aprendizagem dos nossos alunos”, ela diz. 

Tia de uma aluna da Escola Estadual João Renato Franco, Monique Fernandes diz que a Busca Ativa é uma ação de grande importância para os estudantes afastados da escola por algum motivo e relata o caso de sua sobrinha.

“No início do ano, ela não estava participando das atividades escolares; então, uma de suas professoras entrou em contato comigo, para saber quais os motivos da ausência dela, suas dificuldades, entre outras questões. Particularmente, achei a iniciativa muito importante, porque mostrou que a escola se importa com o aluno. Agora, minha sobrinha está muito empolgada e, quando chega um novo material de estudo, ela faz de forma prazerosa. Portanto, queria dar os meus parabéns à equipe de professores, coordenação pedagógica e direção escolar, por essa brilhante ação”, disse ela.

Evasão escolar disparou com a pandemia

Uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgada nesta quinta-feira (29), aponta que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes estavam sem acesso aos estudos no Brasil no fim de 2020, o ano da pandemia de covid-19. Deste total, quatro em cada dez tinham de 6 a 10 anos, a faixa etária mais afetada pela exclusão escolar. Desse grupo, 69,3% são crianças pretas, pardas ou indígenas.

Uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgada nesta quinta-feira (29), aponta que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes estavam sem acesso aos estudos no Brasil no fim de 2020, o ano da pandemia de covid-19.

Deste total, quatro em cada dez tinham de 6 a 10 anos, a faixa etária mais afetada pela exclusão escolar. Desse grupo, 69,3% são crianças pretas, pardas ou indígenas.

Entre as regiões do país, Norte e Nordeste concentram os maiores percentuais. A maior exclusão da população de 6 a 17 anos está em Roraima, onde 38,6% desta parcela da população está sem estudo.

Em seguida vem Amapá (35,7%), Pará e Amazonas (ambos com 32%), Bahia (30,7%) e Rio Grande do Norte (24,9%). Só a zona rural da região Norte responde por 37,7% do total de crianças de 6 a 10 fora da escola.

Em nota, a Seduc afirma que aguarda as taxas de rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) calculadas com base nos dados coletados pelo Censo Escolar 2020, com previsão de divulgação ainda em junho, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

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