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Covid-19: quatro regiões do Pará ainda estão em situação crítica, diz estudo

Araguaia, Marajó Ocidental, Tapajós e Xingu apresentam crescimento no número de casos e mortes, afirma pesquisa da UFRA

Cleide Magalhães
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Quatro das 13 regiões de saúde do Pará ainda vivem situação crítica em relação à pandemia do novo coronavírus. Nelas as curvas de casos confirmados e óbitos de covid-19 ainda crescem de forma exponencial, como Araguaia, Marajó Ocidental, Tapajós e Xingu. Elas somam 37 dos 144 municípios do Pará.  

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As projeções estão reportadas na sétima edição do Boletim Covid-PA e valem desde o último dia 25 até esta quinta-feira (2). O estudo apresenta projeções sempre para sete dias sobre o comportamento da pandemia no Estado e suas 13 regiões de saúde. E é elaborado por equipe multidisciplinar da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) em parceria com profissionais independentes de diversas instituições de ensino superior do Pará e de fora do Estado.

Ainda de acordo com o boletim mais recente, o Pará apresenta limite médio previsto de casos acumulados de 115.016 e 5.130 limite médio de casos acumulados de óbitos. Marcus Braga, doutor em Bioinformática e professor de Inteligência Computacional da Ufra, destaca a credibilidade do estudo ao comparar os dados com os dados oficiais da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).

"Até a noite de terça (30), o boletim da Sespa trazia que o Pará somava 105.853 casos confirmados e 4.960 mortes. Para o mesmo dia, a sétima edição do Boletim Covid-PA apresentava 109.484 casos confirmados e 5.047 óbitos. Assim, obteve 96,57% de acertos dos casos confirmados e 98,25% de acertos dos óbitos ocorridos no Estado", compara Braga, que atua na equipe multidisciplinar do projeto.

Ele explica que, em geral, no Pará, os números tendem sempre para a maior população, que é a região Metropolitana, a qual está hoje com curva de casos linear e de óbitos estável e, assim, com quadro de estabilização e queda de casos confirmados e de óbitos. Porém, Marcus Braga frisa que isso não significa dizer que não há regiões que não precisam de atenções.

"Em geral, no Pará, a curva de óbitos teve um pico e depois teve tendência de queda. Seguindo a tendência da região Metropolitana, que conta com maior população e tende a levar o Estado a melhorar. Mas não é a mesma realidade de todas as regiões, pois, Araguaia, Tapajós e Xingu estão ainda em situação crítica com as curvas de casos e de óbitos em exponencial. Elas inspiram maior atenção e cuidados das autoridades públicas com serviços e recursos hospitalares. A região do Marajó II (parte ocidental) a curva é levemente exponencial com tendência de alta para casos confirmados e a curva de mortes está mais leve. Pode ser a testagem que ocorre lá e, ainda assim, merece atenção também", alerta o pesquisador.

37 municípios fazem parte das quatro regiões críticas no Pará

O estudo divide o Pará de acordo com as 13 regiões de saúde. Dentre elas estão as quatro consideradas ainda como críticas. A região do Araguaia envolve os municípios de Água Azul do Norte, Bannach, Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau D'Arco, Redenção, Rio Maria, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Sapucaia, Tucumã e Xinguara.

Já a região do Tapajós traz os municípios de Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão. A região do Marajó II conta com a parte ocidental tendo os municípios de Anajás, Bagre, Breves, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel. A região do Xingu envolve Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Uruará.

Para o próximo boletim, o pesquisador adianta que serão apresentados dados também por municípios, para dar maior riqueza no relatório. "Essas informações servem para que os órgãos governamentais possam agir antecipadamente inclusive com remanejamento de serviços e recursos hospitalares. Esperamos que, a cada semana que divulgamos o boletim, as autoridades atuem nessas regiões que apontamos como críticas. Se medidas forem tomadas, também com apoio da população quanto aos cuidados de higiene e de isolamento e distanciamento social, já vamos sentir melhora nos próximos estudos", explica Braga, doutor em Bioinformática e professor de Inteligência Computacional da Ufra. 

Além de projetar os casos confirmados e de óbitos, a iniciativa conta também com previsão de recursos hospitalares. Ainda na sétima edição do boletim, o Pará contava com total de 501 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 1.508 leitos comuns, 273 médicos, 75 fisioterapeutas, 301 enfermeiros e 650 técnicos de enfermagem.

O Boletim Covid-19 é elaborado desde fevereiro deste ano, mas semanalmente é elaborado desde maio. Além da Ufra, conta com a contribuição de profissionais independentes da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e outro profissionais. Mais recentemente, também passou a receber apoio institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que acompanha a evolução da pandemia na região Oeste.

Para conferir todas as semanas o Boletim Covid-PA, acesse aqui.

 

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