Estudantes descobrem que prova da PM foi suspensa após viagem de 15 horas

Concurso foi suspenso hoje (12) após decisão da Justiça. Governo irá recorrer

Eduardo Laviano
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O estudante Joab de Souza, de 25 anos, saiu do Acre às 11h da manhã desta quinta-feira (11) e chegou em Belém na madrugada desta sexta-feira (12) para fazer o concurso da Polícia Militar que ocorreria neste domingo (14).


Após problemas na hospedagem que havia reservado com um amigo, ele precisou dormir no Aeroporto Internacional de Val-de-Cans e acordou com a notícia de que a Justiça havia aceitado o pedido de suspensão das etapas presenciais de todos os concursos públicos e processos seletivos simplificados aplicados no Pará.

"Soubemos do concurso ano passado e estávamos nos preparando. Antecipamos tudo comprando as passagens. Até dia 10 ainda havia a indefinição se teríamos concurso ou não. Os locais de prova iriam sair às 22h da noite no horário lá do Acre e ainda não tinha saído. Ficamos aguardando a suspensão ou se haveria prova", conta ele.

Por volta das 23h do dia 10 (horário de Rio Branco), os locais de prova foram divulgados, o que, para Joab, se tratava de uma confirmação de que o concurso, afinal, ocorreria.

Ele estava se planejando para remarcar as passagens caso a prova fosse cancelada, pois estava acompanhando os debates sobre o tema nas redes sociais. 

Com os locais de prova em mãos, ele e o amigo Rogério Nunes embarcaram rumo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta de 11h da quinta-feira (11).

Eles desembarcaram na cidade paulista por volta das 18h, onde aguardaram até às 23h para fazer a conexão até Belém, onde ambos chegaram às 3h da manhã. 

"A nossa tristeza é que eles tinham a possibilidade de ter adiado no dia 10, antes de divulgarem o local de prova. Estamos na expectativa do governador e da Procuradoria Geral do Estado recorrerem da decisão, já que foi tão em cima da hora", lamenta ele.

A passagem de volta de Joab está marcada para o dia 17 e ele ainda está fazendo os cálculos sobre como irá se manter na cidade sendo que a prova foi cancelada. Cada um dos amigos informou que já tiveram prejuízo de pelo menos R$1200. 

Eles estão se preparando para prestar concursos para a Polícia Rodoviária Federal, mas tinham expectativa de continuar o processo caso fossem aprovados para se tornarem servidores públicos do Estado do Pará. 

"Ainda daria para remarcar no dia 11 se a decisão da justiça tivesse saído antes, pelo prazo da companhia. Outro agravante é que nós estávamos respeitando a quarentena lá [no Acre], mas fomos expostos porque passamos por aeroportos. E para que? Para nada?", diz. 

Via Twitter na tarde desta sexta-feira (12), o governador Helder Barbalho (MDB) afirmou que de, fato, "a PGE irá recorrer da decisão liminar do juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital a respeito dos concursos públicos do Estado do Pará em andamento".
 

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