Especialista esclarece sobre o câncer de mama durante bate-papo no Grupo Liberal

A iniciativa faz parte das ações do Grupo na campanha “Outubro Rosa”

Cleide Magalhães

O câncer de mama é uma doença multifatorial e representa o câncer que mais acomete e mata mulheres cisgêneras no Brasil e no mundo. Para o Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima 66.280 casos novos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022 – o que corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. A estimativa para o estado do Pará são 780 novos casos em 2020.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminina ocupa a primeira posição mais frequente em todas as regiões brasileiras, com risco estimado de 81,06 por 100 mil na região Sudeste; de 71,16 por 100 mil na região Sul; de 45,24 por 100 mil na região Centro-Oeste; de 44,29 por 100 mil na região Nordeste; e de 21,34 por 100 mil na região Norte.

A mastologista e oncoplástica Camila Macêdo Loureiro esclarece que o câncer de mama é uma doença que, caso não seja tratada, leva à morte. Porém, a boa notícia é que, no caso do diagnóstico precoce, pode-se alcançar até 99% de chance de cura em alguns casos. “Mesmo em casos metastáticos, em que não há a possibilidade de cura, muitas pacientes vivem com qualidade durante anos com o controle da doença em tratamentos paliativos”, afirma a mastologista.

A especialista alerta que o ideal é que o câncer de mama seja detectado precocemente, quando a pessoa ainda não tenha apresentado nenhum sintoma.

“Para isso, recomenda-se visitas regulares ao médico mastologista e realização de exames periódicos anuais, especialmente, a mamografia, uma vez ao ano. Caso haja casos de câncer de mama ou ovário na família, é importante conversar com o mastologista para reavaliar tanto o início da realização dos exames como se há necessidade de complementação da mamografia com outros exames de imagem”, explica Camila.

Ela incentiva que qualquer pessoa que perceba algo diferente nas mamas procure ajuda especializada. “Nem tudo o que aparece nas mamas é câncer. Existem muitas patologias mamárias benignas, mas, muitas vezes, a diferença entre as apresentações clínicas pode ser bem sutil. Por isso, existe necessidade de sempre buscar um mastologista quando houver a percepção de uma alteração”, reitera a mastologista e oncoplástica.

Como se prevenir do câncer de mama?

A médica ressalta que não existe algo que garanta com 100% de certeza que alguém não vai desenvolver câncer de mama. “Pode-se, sim, diminuir o risco de desenvolvimento da doença mantendo-se com peso adequado para a altura (isto é, evitando obesidade e sobrepeso), abstendo-se de bebidas alcoólicas, mantendo atividade física regular, evitando o uso prolongado de hormônios combinados para o tratamento dos sintomas de climatério e menopausa”, destaca.

A mastologista e oncoplástica Camila Macêdo Loureiro enfatiza que gravidez e amamentação, antes dos 35 anos, também têm papel na redução de risco. “Pois provocam alterações no tecido mamário que tornam as células da mama mais estáveis e menos suscetíveis ao desenvolvimento do câncer. Em casos nos quais indivíduos possuem sabidamente mutações genéticas, que causem uma maior propensão ao câncer de mama, indica-se cirurgias redutoras de risco”, afirma.

Ela também frisa que fazer controles mamários regulares, especialmente com exame físico e exames de imagem, é um ato de autocuidado. “Mas é importante fazermos o possível para permitir que as mulheres no nosso entorno tenham condições também de dispor deste momento, para que elas possam cuidar de si mesmas também”, considera a médica.

Bate-papo

Camila Macêdo atua em clínica privada e em serviço de referência para a doença no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela participou de bate-papo com colaboradores do Grupo Liberal sobre “Prevenção Câncer de Mama”. O evento ocorreu por meio de videoconferência, no auditório do bloco B, na sede da Redação Integrada do Grupo Liberal, no bairro do Marco, em Belém, na manhã desta quinta-feira (22).

image Durante o bate-papo virtual colaboradores do Grupo Liberal tiraranm dúvidas com a especialista.

A iniciativa fez parte das ações do Grupo Liberal na campanha “Outubro Rosa”, que acontece neste mês no mundo inteiro. Ela visa chamar a atenção das mulheres para a importância do autocuidado, prevenção e diagnóstico precoce de câncer de mama.

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