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É Pará Isso: Trilha do Piquiá, uma caminhada inesquecível em meio à mata virgem na Amazônia

Os caminhos da trilha, em Belterra, reservam belezas e desafios naturais que costumam mudar a vida das pessoas

Fábio Barbosa / Especial para O Liberal
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Quando se fala em Amazônia é indispensável uma imersão na floresta. Entre as árvores, ouvindo pássaros e os macacos, sentindo o clima quente e úmido, a experiência será ainda mais intensa e verdadeira. E na Floresta Nacional do Tapajós (Flona-Tapajós), no município de Belterra, o ecoturismo e turismo de aventura proporcionam essa vivência única que ainda gera emprego e renda para as comunidades

O turismo de base comunitária significa tanto que de 8 condutores na comunidade de Jamaraquá cadastrados no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão da unidade de conservação, em 2022, mais de 40 condutores caminham com os visitantes nas trilhas.

Uma das trilhas mais famosas da Flona é a do Piquiá, em Jamaraquá. São 11 km caminhando (ida e volta) floresta adentro com uma verdadeira aula sobre a biodiversidade amazônica. Em paradas estratégicas os comunitários apresentam espécies o Breu Branco e a seiva utilizada na fabricação de sabonetes, perfumaria e em óleos essenciais; as formigas da espécie Taxi, consideradas repetente natural ao ser esmagadas; o cipó Escada de Jabuti; a Seringueira de onde é extraído o látex, uma seiva leitosa que é produzida na casca da planta; a palha do Curuá usada para cobrir as moradias regionais; e o método de extração do óleo da Copaíba que se faz por meio da perfuração do tronco.

image Os caminhos da Trilha do Piquiá foram ensinados por Fábio Barbosa (@fabiobarbosafb). (Foto: Lucas Clemente)

A caminhada é longa, mas vale cada gota de suor. Ao chegar aos pés Samaúma (Ceiba pentandra), com largas raízes, a sensação é de conquista. E existem muitas narrativas em torno desta árvore, entre elas, o fato de ser considerada sagrada pelos povos indígenas como a “mãe da floresta” ou a “escada para o céu”.

A altura de uma Samaúma varia entre 60 a 70 metros, mas pode chegar aos 90 metros. A “mãe das árvores” tem um tronco enorme, com raízes robustas e tabulares, características que a destacam na floresta. A madeira é macia e produz frutos que são utilizados na produção de estofados e no enchimento de almofadas e travesseiros. Por conta da fibra presente nas sementes, o material se tornou uma alternativa ao algodão e característica comercial da planta.

Além da imensidão da árvore, nesta trilha, ainda existe aquele alívio térmico chamado Igarapé de Jamaraquá, com água translúcida e esverdeada. 

E antes de ir embora com o nosso grupo de trilheiros do projeto Caminhos da Floresta, projeto que idealizei em 2018, há um momento de abraçar coletivamente a Samaúma: o que foi sagrada para os nossos ancestrais, permanece sendo reverenciada como símbolo de gratidão e conexão com a floresta.

Visitação

Para visitar a Flona Tapajós não é preciso pagar nenhuma taxa de entrada! E grupos pequenos, com até 10 pessoas, não precisam solicitar autorização de entrada. Basta se dirigir a uma das bases de controle de entrada de visitantes (Km 67, 72, 92, 117 e 211 e na Comunidade São Domingos).

Para grupos grandes (acima de 10 pessoas), o ICMBio solicita a autorização de entrada, através do e-mail flonatapajos.pa@icmbio.gov.br. É preciso enviar os seguintes dados: Nome completo, Documentos (CPF/Passaporte), Placa do veículo e o nome do responsável pelo grupo. Expedições científicas e aulas práticas deverão ser cadastradas e autorizadas previamente, através do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – SISBIO. Para efetuar seu cadastro, acesse: www.icmbio.gov.br/sisbio/.

Os caminhos da Trilha do Piquiá foram ensinados por Fábio Barbosa (@fabiobarbosafb). Ele foi um dos seis selecionados do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner). 

Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo vão mostrar em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções são divulgadas nas redes sociais de O Liberal (@oliberal) e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.

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