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Bioparque contribui com o nascimento e preservação de onças-pintadas na Amazônia

O Bioparque contribui com a conservação das espécies, servindo como estoque genético e formando profissionais especializados para trabalhar em benefício da conservação da fauna e flora brasileiras

O Liberal
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A onça-pintada, o maior felino das Américas, representa a riqueza biológica do Brasil, mas ações como desmatamento, aquecimento global e a caça ilegal estão provocando o desaparecimento desses animais das florestas. No último dia 29, quando é comemorado o dia nacional da onça-pintada, uma boa notícia vem do sudeste do Pará: o nascimento de seis oncinhas ao longo dos últimos dez anos no BioParque Vale, que fica na Serra dos Carajás, município de Parauapebas, sudeste do Pará, tem contribuído para a conservação da espécie e o desenvolvimento de pesquisas que visam a reprodução dos felinos. O trabalho de manejo e reprodução sob cuidados humanos é de extrema importância para promover a conservação.

Um estudo publicado em junho deste ano apontou que, entre 2016 e 2019, 1.422 onças-pintadas foram mortas ou deslocadas no bioma amazônico. Entre as principais causas para isso estão a caça ilegal e o aumento do desmatamento e dos incêndios florestais devido à ação de madeireiros, garimpeiros, entre outras atividades. 
Além dos animais nascidos no espaço, que está no coração da Amazônia, os felinos chegam ao BioParque por meio de apreensões, oriundos do tráfico de animais silvestres, encaminhados pelos órgãos como IBAMA e ICMBio, ou via permutas para conversão da espécie.

image O BioParque Vale Amazônia integra programa da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) voltado para a conservação ex situ (fora da natureza) da onça-pintada (Divulgação/ Nereston de Camargo)

O BioParque contribui com a conservação das espécies, servindo como estoque genético e formando profissionais especializados para trabalhar em benefício da conservação da fauna e flora brasileiras, dentro do Programa de Manejo Reprodutivo para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção e Relevância Biológica.

Uma nova chance para a oncinha Davi

O filhote de onça Davi ficou órfão em Ourilândia do Norte e foi encaminhado ao parque por meio do órgão ambiental. O animal não poderá ser devolvido à natureza pela interrupção do vínculo com a mãe, mas ganhou uma segunda chance no parque e poderá, em breve, contribuir para a conservação da espécie. No futuro, a expectativa é de pareamento (formação de casais) e de nascimentos. Dessa forma, ele contribuirá com a conservação ex situ da espécie que é símbolo da fauna brasileira e encontra-se ameaçada de extinção.

image O filhote de onça Davi ficou órfão em Ourilândia do Norte e foi encaminhado ao bioparque por meio do órgão ambiental (Divulgação/Nereston de Camargo)

O lar de outras tantas espécies

Inaugurado em 1985, mesmo ano de início das operações da Mina de Carajás e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), o BioParque se consolidou ao longo desse período como um principais centros de pesquisa, conservação e educação da biodiversidade do Brasil. Localizado no coração da Floresta Nacional Carajás, o espaço ocupa 30 hectares de área, dos quais cerca de 70% de floresta nativa, dividido entre 29 recintos, conta com mais de 360 animais e um herbário, com 10 mil plantas catalogadas e certificadas pelo Jardim Botânico de Nova Iorque.

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