MENU

BUSCA

Aprenda a fazer o 'Hambúrguer Paraense' do chef Vinícius Tapajó de Santarém

Vinicius tem um restaurante chamado “O Tapajó” com foco na visibilidade amazônica, onde o cardápio oferece muitos produtos autorais com sabores paraenses

Ândria Almeida

A cozinha Tapajônica desta edição destaca o chef de Santarém, Vinícius Tapajó, com a receita autoral de um hambúrguer que é feito com itens da gastronomia local.

VEJA MAIS

Mistura de carnes

Para o hambúrguer que pode ser feito na chapa, frigideira com manteiga, ou brasa, ele usa 80% de acém para 20% de peito, moído duas vezes.

Faça uma bola com a carne, amasse com as mãos ou use o modelador.

Coloque sal dos dois lados e finalize no fogo no ponto de sua preferência.

Após levar o hambúrguer ao fogo, doure dos dois lados.

Queijo derretido

Use o queijo de sua preferência que pode ser derretido com o maçarico, ou apenas em contato com o calor em cima do próprio hambúrguer na finalização, se for na frigideira, jogue um pouco de água e tampe.

Maionese especial

Para a maionese de castanhas-do-Pará são usados:

  • 200 ml de leite,
  • 15 castanhas-do-Pará torradas,
  • sal a gosto,
  • óleo de canola.

Os ingredientes são batidos no liquidificador. O ponto é dado com o óleo de canola.

Montagem

Depois é só montar o hambúrguer com o pão levemente selado e finalizar com a maionese de castanha e farinha de tapioca.

Culinária amazônica

A culinária entrou na vida do chef no ano de 2018 quando ele era gerente de um bar e após algum tempo de trabalho resolveu comprar o empreendimento.

“Foi a maior loucura que fiz na minha vida! Hoje, quase 5 anos depois, não me arrependo. Mas lembro como se fosse ontem o tamanho do meu arrependimento quando as contas começaram a aparecer”, enfatizou Vinícius Tapajó.

Algum tempo depois, por falta de experiência, o bar foi à falência. Vinícius lembra que tentou vender o local para pagar as dívidas, mas após não conseguir, resolveu apostar mais uma vez no ramo dos sabores para quitar as dívidas do empreendimento falido, no entanto, com foco na gastronomia amazônica.

“Larguei a faculdade de engenharia no quarto ano e me dediquei totalmente ao restaurante. Nessa época minha mãe já trabalhava comigo e meu pai saiu 100% da estrada para me acompanhar nessa empreitada. Se não fosse por eles, junto com minha tia Luciene, O Tapajó também teria falido. Nós vendíamos a janta para comprar o almoço e o dinheiro que sobrava ia para quitar as dívidas”, lembrou.

E assim nasceu o restaurante, na época, a proposta do nome não foi bem recebida por muitas pessoas. “ Lembro-me das diversas críticas que eu recebia do tipo: 'você não pode usar esse nome. Isso é uma falta de respeito com nosso povo. Usar um nome indígena para vender hambúrguer, quem você acha que é?!' E isso ia me desanimando porque eu mesmo acreditava e absorvia essas críticas de pessoas que eu nem conhecia”.

Até que um dia, conversando com o chef Saulo Jennings, que depois virou amigo, deu ânimo e confiança para Vinícius continuar. “Ele me disse: 'Não ligue! Faça seu trabalho, represente-nos! As pessoas falam muito e fazem pouco, você está fazendo muito e falando pouco, por isso está sendo atacado. Continue que vai dar certo!' Esse dia, essa conversa, mudou a minha vida. O Tapajó já tinha um ano quando eu decidi mergulhar na gastronomia”.

Vinicius conta que, em São Paulo, estagiou durante um mês em uma das maiores hamburguerias da cidade chamada Meats do chef Paulo Yoller, onde aperfeiçoou suas técnicas. Hoje, a empresa é uma das principais escolhas dos moradores e turistas

Pará