Amapá entra no quarto dia de apagão e decreta estado de calamidade pública

Por conta da falta de energia elétrica, os amapaenses estão sem sinal de telefone e de internet

Redação Integrada de O Liberal
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O estado do Amapá entra no quarto dia sem o fornecimento de energia elétrica após a queda de um raio que causou incêndio em uma subestação da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).  O incidente deixou 14 das 16 cidades do Amapá sem energia, ainda na noite de terça-feira (3). A capital, Macapá, também está sendo afetada. Em virtude do apagão, a prefeitura de Macapá decretou no final da tarde desta quinta-feira (5) estado de calamidade pública por 30 dias.

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A redação integrada de O Liberal apurou que ainda não há previsão para o serviço ser restabelecido. O problema já persiste por mais de 72 horas, na manhã desta sexta-feira (6).

Ontem, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve no local e disse que existem três frentes de trabalho possíveis para solucionar o problema. Segundo ele, a solução mais rápida seria recuperar um dos três transformadores danificados com o incêndio. A previsão era que esse reparo terminasse ainda na noite de ontem, mas isso não aconteceu.  A expectativa é esse serviço seja concluído até o do dia de hoje ou amanhã. As outras duas soluções apontadas pelo ministro levariam mais tempo para serem concluídas, de 15 a 30 dias para restabelecer 100% da energia elétrica no estado. Isso porque os transformadores teriam que ser trazidos de outros estados para o Amapá.

image Ministro de Minas e Energia acompanha trabalhos e busca soluções para resolver o problema (Divulgação)

Transtornos


Com a falta de energia elétrica, o comércio já começa a contabilizar os prejuízos por conta dos produtos que precisam de refrigeração.

O drama da falta de água também continua. A prefeitura de Macapá disponibilizou caminhões pipa para atender a população no abastecimento de água nas áreas mais prejudicadas.

Falta de comunicação com familiares


Nesta quinta-feira (05), belenenses relataram o desespero diante da falta de contato com familiares que moram no Amapá. O gerente comercial André Neri, 34, ficou angustiado sem notícias da filha, de dois anos, que mora com a mãe dela, em Macapá. Ele está acostumado a entrar em contato diariamente, por meio de ligação ou videochamada, mas ficou preocupado diante da falta de sinal.

"Tentei por videochamada, ligação e rede social. O coração ficou apertado e sobrou sensação de impotência. Até os preços das passagens aumentaram bastante. Os hotéis estão lotados, já que possuem geradores. Só fui conseguir hoje (quinta), após quase três dias sem contato. Por mensagem de Whatsapp, falei com a avó da minha filha, que conseguiu carregar o celular no carro. E falei com minha filha por videochamada", relatou.

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