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Paraense em Israel relata clima de tensão e medo após ataques do Irã; confira

Tatiana Zaguri mora há 23 anos em Israel com sua família e mora em Ashkelon, região que fica há 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

Gabi Gutierrez

O ataque lançado pelo Irã neste sábado (13) contra Israel abalou o Médio Oriente e movimentou o mundo. Paraenses que vivem em Israel, como Tatiana Zaguri, relata que o clima entre a população é de tensão e muito medo: “Eu evito assistir à televisão, pois as notícias são perturbadoras desde o 7 de outubro. Prefiro não ver”.

Tatiana mora há 23 anos em Israel com sua família e mora em Ashkelon, região que fica há 20 quilômetros da Faixa de Gaza. Ela relata que a tensão é constante: “Hoje fomos em uma farmácia que fica embaixo de uma academia e cada vez que alguém deixava algo cair no chão, as pessoas se assustavam e algumas até corriam pensando que era bomba”, revelou.

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Ela explica que a notícia de que o ataque aconteceria foi no dia sagrado para os israelenses, o ‘Shabat’, por isso, a ‘surpresa’ foi ainda maior. “É um dia em que ninguém trabalha, ninguém assiste TV, ninguém faz nada. Quando abrimos o noticiário às oito da noite, vimos que os mísseis já tinham sido lançados. Foi uma situação de grande aflição, pois não sabíamos o que fazer”, relatou.

Mesmo com o clima de alerta pelo novo capítulo deste conflito, ela verdade que as diretrizes governamentais não mudaram desde outubro de 2023: “A recomendação é evitar aglomerações, não fazer festas com muitas pessoas e limitar eventos com mais de cem mil pessoas. Dependendo de onde estivermos, devemos nos manter sempre perto de abrigos, quartos protegidos. E também estamos estocando alimentos para uma possível guerra”, detalha a paraense.

“Caso disparem uma bomba não seria um bunker que qualquer pessoa tem em casa que nos protegeria. Teria que ser um bunker subterrâneo que nem todos temos. Seria um apagão aqui em Israel. Se tivesse mesmo atingido, não teria água nem luz”, ela explica.

Segundo o exército israelense, das 300 bombas lançadas, a maioria foi interceptada fora de Israel. Infelizmente, uma criança beduína de sete anos foi atingida por estilhaços que caíram dos mísseis. As restrições continuam as mesmas desde o 7 de outubro; às vezes não há escola nem trabalho. A força aérea está firme e forte para tentar combater os mísseis que já vieram e os que estão por vir”.

Para Gustavo Freitas, colunista de relações internacionais do Grupo Liberal, o Oriente Médio vive seu momento de maior tensão. “Existe uma ideia entre os aliados de Israel e os vizinhos que, se tem um conflito que é bom que não aconteça, é uma guerra direta entre Israel e Irã”, pontuou.

"A inteligência americana vinha alertando sobre a possibilidade de uma retaliação do Irã contra Israel e, de fato, isso aconteceu. Foram muitos mísseis e muitos drones lançados contra o território israelense e, para entender isso, a gente precisa voltar um pouquinho. Na semana passada, Israel fez um ataque preciso contra o consultado do Irã em Damasco, na capital da Síria. Ele foi preciso por dois motivos: primeiro porque matou sete oficiais da guarda revolucionária do Irã, de alta patente. Um deles já estava lá há muitos anos e era o principal responsável pela relação entre o Irã o Hezbiollah, que fica no Sul do Líbano. O Hezbollah existe e é financiado pelo Irã, por causa do Irã. E foi preciso também porque já tem algum tempo que o governo israelense e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estavam sob pressão, altamente rejeitados, criticados pelos seus aliados, pelos Estados Unidos e os países europeus pela forma como ele vem conduzindo a guerra na Faixa de Gaza”, explicou Freitas.

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