Papa Leão XIV canoniza Carlo Acutis, primeiro santo millennial da Igreja Católica
Cerimônia presidida pelo papa Leão XIV reuniu mais de 80 mil fiéis na Praça de São Pedro. Jovem morreu aos 15 anos e ganhou destaque ao evangelizar pela internet

O Vaticano canonizou neste domingo (7/9) Carlo Acutis, jovem italiano que morreu aos 15 anos e que agora se torna oficialmente o primeiro santo da geração millennial. A cerimônia, que reuniu mais de 80 mil pessoas na Praça de São Pedro, foi conduzida pelo papa Leão XIV, em sua primeira canonização desde que assumiu o pontificado em maio.
Acutis ficou conhecido por utilizar a internet como ferramenta de evangelização. Programador autodidata, criou sites e conteúdos digitais para divulgar a fé católica, o que lhe rendeu o título informal de “padroeiro da internet”.
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Durante a missa, o papa destacou a importância do exemplo deixado por Acutis e também por Pier Giorgio Frassati, outro jovem canonizado na mesma cerimônia. Frassati, que morreu na década de 1920, era conhecido pelo trabalho voluntário com os mais pobres.
“Todos vocês, todos nós juntos, somos chamados a ser santos”, disse o pontífice, dirigindo-se especialmente à juventude presente. “Este é um convite para todos nós, especialmente para os jovens, a não desperdiçar nossas vidas, mas a direcioná-las para o alto e transformá-las em obras-primas”.
Leão XIV também recordou uma das frases de Carlo Acutis que marcaram sua trajetória: “O céu sempre nos esperou, e amar o amanhã é dar o melhor de nós hoje”.
De acordo com o Vaticano, participaram da celebração 36 cardeais, 270 bispos e centenas de padres, em um gesto de apoio institucional e popular à santificação dos novos nomes.
Reconhecimento de milagre no Brasil foi decisivo
Carlo Acutis morreu em 12 de outubro de 2006, vítima de leucemia, justamente no dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Em 2020, ele foi beatificado após o Vaticano reconhecer como milagre a cura de uma criança brasileira em Campo Grande (MS), atribuída à sua intercessão.
O menino foi curado após tocar em uma relíquia de Acutis em uma celebração na cidade, também no dia 12 de outubro. O caso foi considerado inexplicável pela medicina, e validado oficialmente pela Santa Sé.
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