'Nossa democracia e soberania são inegociáveis', diz Lula em discurso na Assembleia Geral da ONU

O presidente destacou que o multilateralismo está diante de uma nova encruzilhada e criticou “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais”

Gabi Gutierrez
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, que a democracia brasileira e a soberania do Brasil são inegociáveis. Durante seu discurso, Lula denunciou ataques internos e pressões externas e reforçou o compromisso do país com a justiça social e a proteção das instituições democráticas.

Assista a declaração:

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, declarou. O presidente destacou que o multilateralismo está diante de uma nova encruzilhada e criticou “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais” que se tornam cada vez mais comuns no cenário internacional, segundo ele.

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Lula também enfatizou que a redução das desigualdades e a garantia de direitos fundamentais são pilares da democracia. “Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a alimentação, segurança, trabalho, moradia, educação e saúde para todos”, disse. Ele comemorou que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome em 2025, mas alertou que ainda existem 670 milhões de pessoas famintas no mundo.

No discurso, Lula propôs medidas globais para fortalecer a justiça social e o desenvolvimento sustentável: reduzir gastos com guerras, aumentar a ajuda internacional, aliviar a dívida externa dos países mais pobres e definir padrões mínimos de tributação global para que os super-ricos paguem mais impostos. Ele também falou sobre regulação da internet e proteção de crianças e adolescentes, afirmando que “regular não é restringir a liberdade de expressão, é garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim no ambiente virtual”.

O presidente concluiu reafirmando que o Brasil seguirá como nação independente e povo livre, defendendo a democracia, a soberania e a justiça social no cenário internacional.

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