Embaixador da Palestina defende fala de Lula sobre conflito: 'Contribui na busca pela paz'

Lula comparou as ações do Estado de Israel ás das forças nazistas responsáveis pelo holocausto

O Liberal

Para Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina no Brasil, as críticas à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez referência às mortes de judeus na Segunda Guerra Mundial ao abordar a ação de Israel em Gaza, são injustas e motivadas pelo apoio do governo brasileiro à criação imediata de um Estado Palestino.

VEJA MAIS

image ONU: Mulheres e crianças palestinas são alvos de execuções e estupros em Gaza
Os especialistas solicitaram uma investigação independente e expressaram preocupação com as "alegações confiáveis de graves violações dos direitos humanos"

image Lula se torna ‘persona non grata’ para governo de Israel, após fala sobre holocausto
Termo será retirado caso o presidente brasileiro se retrate, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz

"Essa campanha [contra Lula] começou, indiretamente, porque Lula está defendendo o reconhecimento imediato do Estado da Palestina como membro pleno da ONU [Organização das Nações Unidas]. Isso é o que está por trás de toda essa campanha, e Netanyahu foi muito categórico ao afirmar que não aceitará a existência de um Estado palestino", afirmou Alzeben em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o embaixador palestino, como o governo de Israel rejeita essa solução, ele tem atacado o presidente Lula. "Ele [Netanyahu] não aceitará qualquer interferência externa. Ele não quer negociar com os palestinos. Ele está matando os palestinos e não quer que ninguém intervenha nesse assunto", concluiu.

Na semana passada, Netanyahu afirmou que Israel continuará a se opor ao "reconhecimento unilateral de um Estado palestino", considerando tal reconhecimento uma recompensa pelo ataque do Hamas em 7 de outubro.

No âmbito internacional, o Brasil defende um Estado palestino "economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".

Alzeben também observou que as reações contra a declaração de Lula estão relacionadas a outras bandeiras defendidas pelo atual governo brasileiro. "Ele está sendo atacado não apenas por essa posição a favor da Palestina, mas também por todo o conjunto de bandeiras justas que ele tem levantado desde que assumiu o poder", acrescentou.

O diplomata palestino considerou injusta a reação contrária à fala do presidente, argumentando que Lula condenou o nazismo, Hitler e o Holocausto. "Ele condenou de forma clara e pública Hitler e o nazismo. Sua posição também demonstra solidariedade aos judeus que foram vítimas do genocídio. Este genocídio é algo que nós condenamos e que todos com consciência devem condenar", completou.

Alzeben também elogiou a postura do Brasil em relação ao conflito, destacando que isso consolida Lula como um símbolo internacional. "A posição atual do Brasil está, digamos, em pé de igualdade com muitos outros países, incluindo a África do Sul, que se unem contra a barbárie, se unem contra o genocídio e se unem pela paz justa e viável entre palestinos e israelenses para viverem em harmonia."

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO