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Durante celebração, papa Leão XIV recorda Dorothy Stang e sua luta na Amazônia

A cerimônia foi realizada na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, durante um evento que homenageou os “novos mártires e testemunhas da fé” do século XXI

O Liberal
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O papa Leão XIV prestou homenagem à missionária católica norte-americana Dorothy Stang neste domingo (14), em Roma. Ela foi assassinada a tiros em 2005, em Anapu, no sudoeste do Pará, devido à sua atuação em defesa da Amazônia e das comunidades de trabalhadores rurais. A cerimônia foi realizada na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, durante um evento que homenageou os “novos mártires e testemunhas da fé” do século XXI. Entre os nomes citados, o pontífice destacou Dorothy Stang.

O Papa Leão, então, procurou dar alguns exemplos dos mártires, porque seriam muitos, já que, "infelizmente, apesar do fim das grandes ditaduras do século XX, ainda hoje não acabou a perseguição aos cristãos; pelo contrário, em algumas partes do mundo, aumentou". “Penso na força evangélica da irmã Dorothy Stang, empenhada na causa dos sem-terra na Amazônia. Quando aqueles que se preparavam para matá-la lhe perguntaram se estava armada, ela mostrou a Bíblia e respondeu: ‘Esta é a minha única arma’”, declarou o papa. 

Dorothy Stang tinha 73 anos quando foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005. A religiosa em missão no Brasil por quase 40 anos, morreu com a Bíblia na mão. E essas mortes, disse o Papa, "não podemos, não queremos esquecer. Queremos recordar", disse o pontífice. 

Leão XIV acrescentou:  "Queremos preservar a memória juntamente com os nossos irmãos e irmãs das outras Igrejas e Comunidades cristãs. Desejo, portanto, reiterar o compromisso da Igreja Católica em guardar a memória dos testemunhos da fé de todas as tradições cristãs".

O assassinato de Dorothy Stang

Dorothy Stang, de 73 anos na época de sua morte, viveu cerca de 40 anos no Brasil e ficou conhecida pelo ativismo em prol da Amazônia, apoiando comunidades de camponeses e assentamentos sustentáveis. Segundo investigações, ela era alvo de fazendeiros e madeireiros da região há mais de quatro anos antes do crime. Apesar de ter denunciado as ameaças à polícia, nunca recebeu proteção.

No dia do assassinato, o pistoleiro se aproximou da missionária enquanto ela caminhava com trabalhadores em uma trilha na mata, a cerca de 50 quilômetros da sede de Anapu. Após trocar algumas palavras com ela, sacou a arma e atirou. O assassino, reconhecido por várias testemunhas, fugiu, mas foi preso e condenado. A investigação apontou que o crime foi encomendado por dois fazendeiros locais.

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