Com mega-ataque na Ucrânia, Rússia chama guerra de guerra pela primeira vez

Kremlin limitavam a ação a uma operação, minimizando para o público seu escopo

Elisa Vaz

Após o início do pleito que reelegeu Vladimir Putin para mais seis anos à frente do Kremlin, um dos maiores ataques aéreos já feitos contra a Ucrânia foi promovido pela Rússia, que, pela primeira vez, chamou o conflito iniciado em 2022 de guerra. As informações são da Folha de São Paulo.

 

 

Em um artigo na revista Argumentos e Fatos e em uma fala a jornalistas nesta sexta-feira (22), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, desenhou a nova lógica do país. O que era usado até aqui era um eufemismo oficial para o conflito, de uso obrigatório na imprensa pelo órgão regulador de mídia local: SVO (sigla russa para operação militar especial).

Segundo ele, a guerra começou como uma operação militar especial, "mas assim que esse grupo [de países que apoiam Kiev] se formou, quando o Ocidente coletivo virou participante do lado da Ucrânia, isso virou uma guerra para nós", disse.

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De acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, Putin e outras autoridades já chamaram a guerra de guerra ao longo dos dois anos da invasão, mas, ao limitar a ação a uma operação, o Kremlin minimizava para o público interno seu escopo.

Já agora, assumindo o conflito como uma guerra, a Rússia se abriria a medidas mais drásticas. Mas, não houve uma declaração formal de guerra. Ainda assim, Putin teria deixado um "cartão de visita" para sua mudança de discurso com o segundo maior ataque com mísseis e drones desde que a guerra começou, ao longo da madrugada desta sexta-feira (22).

As Forças Armadas da Ucrânia dizem que foram 151 armamentos de diversos tipos contra a infraestrutura energética ucraniana, deixando 1,2 milhão de pessoas sem luz. O recorde anterior havia sido de 158 mísseis e aviões-robôs, em dezembro.

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