Acidente em Lisboa: veja o que se sabe sobre o descarrilamento do Elevador da Glória
Bondinho turístico descarrilou após rompimento de cabo de tração; 15 pessoas morreram e outras 18 pessoas ficaram feridas

Subiu para 15 o número de mortos no grave acidente com o Elevador da Glória, tradicional bondinho turístico de Lisboa, capital de Portugal, ocorrido no fim da tarde desta quarta-feira (3/9). A informação foi confirmada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e por um porta-voz do serviço médico de emergência português.
Outras 18 pessoas ficaram feridas, sendo cinco em estado grave. Ainda não há informações oficiais sobre a identidade ou nacionalidade das vítimas, mas autoridades portuguesas confirmaram que há estrangeiros entre os mortos. Até o momento, o Itamaraty informou que não há brasileiros entre as vítimas.
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O Elevador da Glória, que liga o Largo dos Restauradores ao Bairro Alto, é um dos símbolos do transporte histórico de Lisboa e suporta até 42 passageiros por viagem. O bondinho é especialmente popular entre turistas que visitam a capital portuguesa.
O que causou o acidente no Elevador da Glória?
Segundo a emissora portuguesa SIC, o acidente foi provocado pelo rompimento de um cabo de tração, que teria comprometido o sistema de freios da composição. O bondinho descarrilou e tombou por volta das 18h05 (horário local), o equivalente às 14h05 no horário de Brasília.
Testemunhas relataram que, antes da colisão, uma das cabines teria descido repentinamente cerca de um metro. Em seguida, a outra cabine, que subia em alta velocidade, atingiu um prédio em uma curva da Calçada da Glória, uma das regiões mais movimentadas e turísticas da cidade.
O prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, declarou que a cidade está de luto. "É um dia trágico para a nossa cidade. ... Lisboa está de luto, é um incidente trágico, trágico", disse ele à imprensa local.
Investigação já foi aberta
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) informou que abriu uma investigação formal para apurar as causas do descarrilamento.
Segundo o jornal português Público, a manutenção do Elevador da Glória era responsabilidade da empresa privada MAIN – Maintenance Engineering, contratada pela Carris, empresa pública de transporte, após licitação realizada em 2022. O contrato de manutenção previa substituição periódica do cabo a cada 1.500 dias de uso ou durante reparações intermediárias.
Trabalhadores da Carris já haviam denunciado problemas na manutenção terceirizada, e o sindicato da categoria acusa a empresa pública de ter desativado deliberadamente sua própria oficina interna. A Carris afirmou, em nota, que todos os protocolos de segurança e manutenção estavam sendo cumpridos, com inspeções diárias e revisões periódicas.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que, até o momento, não há registros de brasileiros entre os mortos ou feridos. O governo brasileiro segue acompanhando a situação por meio da embaixada em Lisboa.
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