Quatro meses de Marcos Braz no Remo: reforços, gestão e expectativa por resultados Executivo chegou ao Baenão em junho, trouxe reforços de peso, promoveu reformas internas e aposta na continuidade do técnico António Oliveira Iury Costa 07.09.25 8h30 Executivo azulino trouxe mudanças na estrutura e elenco azulino. (Wagner Santana / O Liberal) Há quatro meses, o Clube do Remo anunciou Marcos Braz como novo executivo de futebol, cargo que antes era ocupado por Sérgio Papellin, hoje no Fortaleza. Com experiência acumulada em passagens pelo Flamengo, o dirigente assumiu a função trazendo contatos no mercado e influência nos bastidores. Desde então, foi responsável por contratações de atletas vindos da Série A e por mudanças internas na estrutura do futebol azulino. WhatsApp: saiba tudo sobre o Remo Para avaliar esse início de trabalho, colunistas do Grupo Liberal analisaram as medidas já tomadas por Braz e os efeitos que elas podem ter no clube a curto, médio e longo prazo. Gestão racional e foco na estrutura O jornalista e colunista Carlos Ferreira destacou a forma como Marcos Braz tem conduzido as decisões no Baenão. Para ele, o dirigente atua de forma racional, sem se deixar levar pela pressão da torcida. “Primeiro que é um profissional que está alheio à paixão, que determina muitas decisões aqui nos nossos clubes. Não é o caso dele. Ele mantém, contrariando toda uma onda de rejeição, o técnico António Oliveira, acreditando que o resultado virá em algum momento”, afirmou. Segundo Ferreira, as contratações feitas até agora não tiveram impacto imediato no desempenho em campo, mas o trabalho de Braz se destaca na reestruturação física e organizacional do clube. “Se fosse avaliado pura e simplesmente pelas contratações, estaria reprovado, porque até agora só o Cantillo deu uma resposta compatível. Mas dentro do Baenão houve melhoria das instalações e das condições de trabalho. Ele tem uma obstinação pelo centro de treinamento e também busca o certificado de clube formador na CBF, o que pode garantir receita ao Remo”, explicou. Ferreira destacou ainda que essa mudança de mentalidade pode abrir perspectivas para a base azulina, seguindo modelo já consolidado em grandes clubes do país. Mudança no perfil de contratações Já o jornalista e comentarista do Liberal+, Mataus Pauxis, avaliou que a principal transformação trazida por Marcos Braz está no perfil dos atletas contratados. O executivo ampliou o alcance no mercado, trazendo jogadores do eixo Rio-São Paulo e também da América do Sul. “A gente começou a ver jogadores com mais nome, até alguns sul-americanos. Foram quatro que chegaram: três uruguaios e um colombiano. O Marrony, por exemplo, talvez tenha sido a melhor contratação nesse período. Além dele, vieram atletas como o Freitas, do Rio, e o Natan Camargo, do Guarani”, analisou. Para Pauxis, essa mudança reforçou a imagem do clube fora do Pará. “Começa a ser o Remo do Marcos Braz para quem está de fora. O clube passa a ser visto de forma diferente no cenário nacional.” Continuidade do treinador Outro ponto destacado pelos analistas é a manutenção do técnico António Oliveira. Desde a chegada, Braz bancou a permanência do treinador, mesmo diante de críticas e resultados irregulares. (Texto escrito antes da partida contra o Amazonas) “O que a gente tem de informação é que o Braz bate o pé para a permanência do António Oliveira. É um tipo de projeto que busca romper com a lógica de que basta uma sequência ruim para demitir o treinador. Ele acredita que o trabalho pode render a médio prazo, como foi no Cuiabá, onde António teve sequência de mais de duas temporadas”, afirmou Pauxis. Apresentação de António Oliveira no Remo (Igor Mota/ O Liberal) O comentarista avalia que, mesmo em derrotas recentes, como a última contra o Criciúma, houve evolução no desempenho em campo. “Foram jogos até bons, que mostram pontos de crescimento. O problema é que a bola não está entrando.” Um novo rumo para o clube As análises convergem para a ideia de que Marcos Braz mudou o perfil de gestão do futebol azulino. O executivo trouxe novas práticas, deu início a um processo de estruturação interna e aposta em estabilidade técnica como caminho para colher resultados futuros. “O trabalho do Braz é positivo, mas os resultados só vão aparecer mais adiante. É um rompimento de mentalidade, de profissionalização”, concluiu Carlos Ferreira. Pauxis complementa: “No geral, o trabalho muda o perfil do Remo, o perfil das contratações e das tomadas de decisão. São mudanças que podem colocar o clube em outro patamar se houver continuidade.” *(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Caio Maia, coordenador do Núcleo de Esportes) Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave clube do remo marcos braz série b esportes COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Remo . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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