Presidente do Remo fala sobre abaixo-assinado da FPF: 'Não faz sentido algum'
Fábio Bentes disse que não foi informado sobre a existência do documento. Clubes protocolaram na Federação pedido de eleições para o cargo de presidente da entidade.
O presidente do Remo, Fábio Bentes, disse que não teve conhecimento sobre o abaixo-assinado, recebido pela Federação Paraense de Futebol (FPF), que solicitava a convocação de eleições para o cargo de presidente da entidade. De acordo com o mandatário azulino, o documento "não é necessário", devido às diretrizes do estatuto da Federação.
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"Eu, particularmente, não fui avisado de abaixo-assinado nenhum. Além disso, não vejo sentido nesse documento. A Graciete assumiu a presidência com a obrigação de convocar eleições, devido ao estatuto. Ela tem oito dias para convocar uma Asssembleia Geral e fazer um novo pleito. Tenho certeza que isso será cumprido", disse Bentes.
Na noite da última terça-feira (25), os clubes participantes do Campeonato Paraense protocolaram um abaixo-assinado solicitando a convocação de eleições para a presidencia da FPF. O documento contou com as assinaturas dos presidentes de oito dos 12 clubes participantes da competição.
Segundo Fábio, a elaboração deste documento faz parte de um movimento político dentro da Federação.
"Não posso assinar algo que não tive conhecimento. Ainda está no prazo pra Graciete convocar eleições. O que deve estar acontecendo é um movimento político, que é natural no período de eleições", disse Fábio.
Entenda o caso
Graciete Maués, que também é presidente da Tuna Luso, assumiu o cargo na Federação pelo fato da Águia Guerreira ser a afiliada mais velha da FPF. A medida foi tomada devido à vacância no comando da entidade.
Após o fim do mandato do presidente da FPF, Adelcio Torres, que terminou no dia 31 de dezembro, novas eleições não foram convodadas. Às vésperas do pleito, a Justiça suspendeu a escolha do novo comandante, que ocorreria no dia 28 de dezembro do ano passado. No dia anterior à decisão judicial, a chapa do candidato Paulo Romano, então impugnada da eleição, entrou com uma ação na Justiça para voltar ao pleito.
De acordo com a desembargadora Eva do Amaral, que decidiu suspender a eleição, os motivos foram a violação da Lei Pelé, que estabelece que a comissão eleitoral que deve convocar o pleito - o próprio Adelcio foi quem o fez.
A partir disso, Adelcio seguiu na presidencia da FPF, apoiado no artigo 127 da entidade. Segundo a norma, o mandato do atual presidente deve ser prorrogado automaticamente até a posse dos novos eleitos. A manobra também recebeu a chancela da CBF.
No entanto, apesar dos apoios legais, Adelcio disse que convidou Graciete para assumir o cargo, de forma interina. Ele disse que, juridicamente, não poderia assinar nenhum documento como presidente. Com a proximidade do início do Parazão, Adelcio disse que chamou a presidente da Tuna para ser presidente interina.
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