Após precisar alugar kitnet para família, jovem do Remo vive a expectativa de estrear na Série B
Henrique participou de uma peneirada do Remo, subiu para o profissional e deixou a infância difícil em Vigia (PA) para realizar o sonho de ser jogador de futebol
Os caminhos do futebol são complicados, muitos jovens já sonharam com uma carreira em um grande clube, dando conforto para sua família, mas até chegar esse dia, vários desses jovens ficaram pelo caminho e não conseguiram realizar o sonho. Mas a persistência também é um dom, é trabalhada e colocada à prova todos os dias e foi desse jeito, que o volante Henrique chegou ao profissional do Remo.
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Natural de Vigia de Nazaré (PA), distante 102 quilômetros de Belém, foi onde o jovem Luís Henrique começou a dar os primeiros chutes na bola, porém, longe da capital, não tinha como vingar no futebol, o cansaço de treinar todos os dias na Desportiva de Maritiba e viajar para sua cidade, fez Henrique quase desistir.
“Eu acordava 3h da manhã todos os dias, pegava um mototaxista e ele me deixava no treino. Era cansativo demais, fiquei um ano fazendo isso, até que um amigo me chamou para morar com a família dele. Fiquei três anos morando lá, agradeço demais pelo apoio, até conseguir chegar ao Remo”, disse.
Fruto de seletiva
Henrique fez parte de uma peneirada no Remo, passou, ingressou no clube e subiu para treinar com a equipe principal, ainda no comando do técnico Paulo Bonamigo. Hoje o volante vive a expectativa de fazer a primeira partida no time profissional.
“É uma experiência muito boa, sempre almejei isso na minha vida, mas nunca imaginei que seria tão rápido. Graças a Deus tive a oportunidade de subir e treinar no profissional, desde então não desci, segurei a oportunidade com dedicação, sempre tentando dar o meu melhor em campo”, falou.
Expectativa
Incentivado pelo pai Seu Luís Alberto e pela mãe Dona Sione Rosário, ele decidiu apostar no sonho e hoje colhe os frutos. Henrique já foi relacionado para nove partidas do Remo na Série B, como a competição é longa e requer um elenco forte, o jogador espera ter uma oportunidade no time, assim como Pingo, Wallace, Warley, Thiago Miranda e Kevem, já tiveram nesta Série B.
“O futebol é assim, preciso estar preparado para quando for chamado, poder ajudar o Remo. O clube aposta na base, temos vários exemplos e isso é importante”, falou.
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A família
Longe de casa e com saudade da família, Henrique não pensou duas vezes em trazer a mãe e o irmão para Belém e moram atualmente no bairro do Castanheira. O jogador se emocionou ao falar das dificuldades vividas distante dos familiares e agradece ao Remo pela chance.
“Sempre quis tirar a minha mãe de lá [de Vigia], as coisas eram bem difíceis, mas graças a Deus com o que eu ganho no Remo, pude trazer eles para Belém, alugar um kitnet, dar um pouco de conforto para eles [mãe e irmão], na busca por emprego. Me sinto orgulhoso de tudo que estou construindo”, contou.
Sonho
Movido por sonhos, esse é Henrique, que quer dar uma casa própria à família e um dia vestir a camisa amerelinha mais famosa do futebol mundial.
“Preciso me firmar como profissional, ter uma carreira vitoriosa no futebol e ajudar aminha família, dar uma casa para a minha mãe, além de um dia chegar à Seleção”, contou.
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