Paysandu sofre com seca de gols na Série B; ídolo comenta fase do ataque bicolor

Desde o início da Série B que o ataque vem deixando a desejar; em cinco jogos, nenhum atacante balançou as redes

Luiz Guillherme Ramos
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O Paysandu vive um início de Série B preocupante. Com apenas dois pontos conquistados em cinco rodadas e ainda sem vitórias, o Papão amarga a 18ª colocação na tabela. E um dos fatores mais evidentes desse desempenho modesto está no setor ofensivo: nenhum atacante bicolor balançou as redes na competição até agora.

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O cenário é ainda mais curioso considerando que o time, recentemente, foi campeão da Copa Verde, vencendo o Goiás na decisão. Um título que mostrou força coletiva, mas que não se traduziu em consistência ofensiva na segunda divisão.

Entre os principais nomes do ataque alviceleste, a seca de gols já começa a incomodar. Nicolas, um dos ídolos da torcida e terceiro maior artilheiro do clube no século com 65 gols, não marca há sete jogos. Seu último tento foi na semifinal do Parazão, contra o Águia. No total, são 23 partidas em 2024, com nove gols — média de 0,39 por jogo, mas nenhum deles na Série B.

A situação é parecida com outros atacantes. Borasi, por exemplo, soma 19 jogos e apenas dois gols, o último deles nas quartas de final da Copa Verde, contra o Manaus. Já são dez partidas em branco. Marlon tem 21 jogos e três gols, o último ainda nas quartas do Parazão, contra o Capitão Poço — está há nove jogos sem marcar. Benítez (12 jogos, um gol) e Rossi (20 jogos, oito gols) também não balançam as redes há oito e seis jogos, respectivamente. Eliel (sete jogos) e Marcelinho (nove jogos) ainda não marcaram em 2024. Cavalleri, autor de dois gols em dez partidas, anotou o último justamente na final contra o Goiás.

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A escassez de gols entre os homens de frente tem preocupado até mesmo quem conhece como poucos a posição. Robgol, ex-centroavante e ídolo histórico do clube — com 82 gols pelo Papão, sendo o segundo maior goleador do século —, atualmente trabalha como analista do time. Em entrevista recente, ele apontou o bom desempenho coletivo, mas reconheceu que a falta de precisão ofensiva está custando pontos importantes.

"A gente que trabalha com futebol sabe que os momentos difíceis acontecem dentro de campo, às vezes a bola não quer entrar por mais que tentamos, fases acontecem. Na minha visão, o time vem jogando bem, mas infelizmente não tá fazendo os gols. Geralmente isso acontece com o centroavante, o 9, que é o homem de área. Mas no caso do Papão, é que o ataque por um todo não tá colocando a bola pra dentro e no final do jogo faz falta", avaliou o ex-camisa 9.

Robgol ainda citou lances decisivos do último jogo, quando o Paysandu teve chances claras de virar a partida, mas desperdiçou. "Vou dar o exemplo do último jogo: se o Borasi cabeceia para o lado contrário do goleiro, era gol certo, 2 x 1. Se o Nicolas cabeceia forte no gol, na posição que ele tava, linha da pequena área, com certeza era gol e o resultado seria outro, 3 x 1. Essas oportunidades têm que ser bem aproveitadas, porque lá para o final do campeonato pode precisar", alertou.

Apesar das críticas pontuais, o ídolo demonstra confiança na recuperação do grupo e destaca que, com mais eficiência nas finalizações, o time tem condições de reagir e escapar da zona de rebaixamento. O alerta está dado. O Paysandu tem volume de jogo, posse de bola e produção ofensiva, mas ainda esbarra na falta de pontaria. Para subir na tabela e transformar boas atuações em vitórias, será preciso que os atacantes recuperem o faro de gol — antes que a Série B cobre esse preço em forma de pontos perdidos irrecuperáveis.

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