"O Paysandu não tem tempo para chorar", diz Ricardo Gluck Paul

Empresário, com cursos em marketing, Ricardo Gluck Paul se tornará, de fato e de direito, presidente do Paysandu pelo biênio 2019-2020. Tem a missão de reerguer um gigante que está adormecido depois de uma temporada ruim, com a queda à Série C do Campeonato Brasileiro. Mas, Gluck Paul é definitivo ao avaliar que não há tempo para seguir lamentando. No final de 2018, o presidente bicolor avaliou o momento do clube, mandou recados para a torcida, que, para ele, será a maior aliada em 2019. 

Leia mais:

- Novo contratado do Paysandu garante que vai conquistar o acesso

- Ex-Paysandu pode se transferir para o São Paulo

- Paysandu contrata meia ex-seleção brasileira e fecha com goleiro

- Campeão com a dupla Re-Pa, ex-goleiro quer voltar a trabalhar no Brasil

- FPF divulgou: veja a nova tabela do Parazão 2019

- Relembre vários casos de jogadores que atuaram em Paysandu e Remo

- As gafes de 2018. Histórias para você recordar, rir e não se irritar!

- Paysandu é o único clube do Norte lembrado no site da CBF

Como você imagina os próximos anos? 
O Paysandu tem um planejamento estratégico desenhado que era estar entre os 20 maiores clubes do Brasil. Isso ficou um pouco distante. Estamos na Série C. Imagino encerrar a gestão, no final de 2020, estando o mais próximo disso. 

Tem um sonho para 2019? 
De fato, um grande sonho é o Paysandu protagonizar todos os campeonatos que disputar. Mas, fundamental, é reconquistar a torcida do Paysandu. Isso é quase que um mantra. Eu acordo pensando nisso. Tenho certeza que, com a torcida, o Paysandu volta a ser gigante. 

Ricardo, qual seria a mensagem para a torcida nesse final do ano? 
Primeiramente, que a torcida compreenda o momento que estamos. Porque eu compreendo o momento que eles estão. Sei da apreensão, da desconfiança. Garanto que muita coisa irá mudar. A mensagem que passo é de esperança, de mudança e peço que possamos voltar a dialogar com a torcida de uma forma forte. O Paysandu não tem tempo para chorar, é um clube gigante. Obviamente que vamos olhar para trás para aprender com os erros, garanto que isso está sendo feito e agora é hora de olhar para frente. 

Qual o impacto financeiro desta queda? 
R$12 milhões. Tínhamos um orçamento de R$30 milhões e agora teremos que reduzir para R$20 milhões. Isso pode mudar se a torcida nos abraçar. Por exemplo, temos uma média de 2,2 mil sócios torcedores pagantes, média de público de três a quatro mil pagantes. Se a torcida realmente entender que chegou a hora, conseguiremos aumentar a projeção de receita. Perdemos receita de televisão e patrocínio, mas ficamos com a esperança de aumentar a receita da arquibancada. Vamos juntos.