No Paysandu, Nicolas cita críticas e 'cutuca' Remo: 'O rival ainda não alcançou nenhum objetivo'

Atacante Nicolas falou sobre o momento do Papão, final do Parazão e afirmou que o Remo ainda não conquistou nada nessa temporada

Fábio Will
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É decisão, e nada melhor do que um clássico Re-Pa com o Mangueirão lotado em uma final de Parazão. Esse é o clima para Remo x Paysandu, que jogam neste domingo (11), às 17h, a segunda partida da decisão do estadual. A equipe de O Liberal conversou com Nicolas, atual artilheiro do Parazão ao lado de Rossi, para comentar sobre o clássico. O atacante bicolor não poupou críticas ao lado azulino, citou que o rival ainda não conquistou seus objetivos neste ano e rebateu as críticas da torcida pela falta de gols.

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Nicolas comentou sobre a pressão de estar em momentos decisivos vestindo a camisa do Papão. Para o atacante, disputar um clássico Re-Pa é um privilégio, e a pressão é algo que precisa ser administrado.

“A pressão sempre existe, desde que cheguei em 2019, e é natural. Temos que lidar com ela da melhor maneira possível dentro de campo, com o emocional controlado. Sabemos da grandeza do jogo, das dificuldades, e nada melhor do que estar dentro de um clássico. É o meu jogo favorito, joguei alguns e fui feliz em muitos, e me sinto privilegiado por estar em uma partida como essa. A grandeza de jogar um Re-Pa, de ser campeão em um clássico... Eu não encaro como pressão, e sim como privilégio”, afirmou.

image Nicolas gosta de jogar o clássico Re-Pa (Cristino Martins / O Liberal)

O atacante também falou sobre o que torna o clássico Re-Pa diferente dos demais. Nicolas destacou a maneira como o paraense vive o duelo como o grande diferencial.

“A grandeza das torcidas, né? Isso fala muito, dita muito o ritmo. Acho que os clubes já têm uma história grandiosa, mas a torcida faz toda a diferença. Nenhum clássico que joguei até hoje teve mais de 50 mil pessoas como já aconteceu aqui no Mangueirão. Então, esse é o diferencial: a festa. Isso me faz sentir que este clássico é diferente”, disse.

Nicolas foi decisivo em vários Re-Pas, conquistando vitórias, classificações e títulos sobre o rival. Para alguns, ele é o “Pay do Remo”; para outros, não serve para permanecer no Papão. Em meio às críticas, ele vive o clássico de forma diferente e acredita que isso explica o rótulo de “decisivo” nos confrontos contra o Remo.

“É a forma como encaro o jogo. É o modo como coloco esse duelo na prateleira de prioridades. Sempre fui muito abençoado nos clássicos. Então, a nossa torcida me denomina assim (Pay do Remo). Nunca me intitulei dessa forma, mas fico muito feliz por ser decisivo em muitos clássicos. Trabalho muito para estar preparado para esse tipo de jogo. Acho que este será o mais difícil da minha carreira. Mas acredito que tudo vai dar certo”, comentou.

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'Cutucada' no rival

Sem rodeios, Nicolas ressaltou que o Paysandu, mesmo com dificuldades na Série B, cumpriu seus objetivos na temporada, ao contrário do Remo, que, segundo ele, ainda não conquistou nada em 2025.

“O rival ainda não alcançou nenhum objetivo no ano, e tenho certeza de que tinham metas para o primeiro semestre. Eles não conquistaram, mas nós sim. No momento, eles estão melhores que a gente na Série B, mas isso não os transforma em favoritos. O clássico vai muito além disso, envolve vários outros fatores. Temos um time competitivo e vamos enfrentar um rival que está há dois anos sem levantar o estadual. Eles também estão pressionados. Temos nossas responsabilidades, mas não entramos em campo com essa ideia de favoritismo do Remo. A camisa do Paysandu é muito pesada para pensarmos assim. Aqui temos profissionais preparados para esse tipo de jogo, e eu confio na nossa equipe”, afirmou.

Críticas

Nicolas é criticado por parte da torcida bicolor, algo que o chateia. No entanto, o atacante sabe que a melhor resposta vem com gols. As críticas surgem, principalmente, pela ausência de gols em jogos importantes da Série B. Mesmo assim, ele não concorda com o “rótulo” de “jogador de estadual”, embora respeite a opinião da torcida.

“Tento assimilar essas críticas. Não gosto, não concordo, e também não sou obrigado a agradar todo mundo. Trabalho muito para fazer o meu melhor. Às vezes, as coisas não acontecem na Série B e acabam depositando essa responsabilidade só em mim, mas acredito que não seja apenas minha. Tudo bem, sou um dos mais experientes do grupo e essa responsabilidade recai sobre mim de forma desproporcional, mesmo sendo pela minha torcida. Trabalho para que isso não aconteça, para que os gols saiam. Estou indo para o meu segundo estadual brigando pela artilharia. Fui artilheiro no ano passado e vou em busca dos meus gols, que é o que a torcida espera. Se hoje não agrado, espero agradar um dia. O mais importante é estar com a consciência tranquila para que as coisas aconteçam”, explicou.

Sequência de jogos

O momento difícil na Série B torna o ambiente mais tenso, mas Nicolas acredita que isso se resolve em campo, com vitórias. Para ele, o atual cenário é consequência da carga de jogos de uma equipe que vem conquistando objetivos.

“A sequência de jogos cobra um preço alto por ainda estarmos em várias competições. Fomos campeões da Copa Verde, ainda estamos na Copa do Brasil, e o estadual também se prolongou além do esperado. Mas temos nossa parcela de responsabilidade. Não podemos apenas transferir a culpa. Em vários jogos vacilamos em pequenos detalhes que custaram caro. Isso pesa nesse momento, com jogos a cada três dias. Não é uma sequência fácil de administrar”, finalizou.

Agenda

Em desvantagem no placar — o Remo venceu o primeiro jogo por 3 a 2 —, o Paysandu precisa vencer por dois gols de diferença para conquistar o título do Parazão. Se vencer por apenas um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. Remo x Paysandu se enfrentam neste domingo (11), às 17h, no Mangueirão. A partida terá transmissão lance a lance pelo OLiberal.com e também pela Rádio Liberal+.

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