Capitão do Paysandu opta por ficar em Belém, mas mantém conversa com a família: 'Tomamos chimarrão juntos'

O zagueiro e capitão do Paysandu, Micael, afirmou que o elenco bicolor mantém contato em conversas por grupos de aplicativo. O Papão está com as atividades suspensas em função da pandemia do novo coronavírus. Todas as competições oficiais estão suspensas.  

O quadro é caótico e não há sequer uma previsão para retorno. E como uma das referências do Paysandu em 2020, Micael garante que os atletas evitam qualquer tipo de dispersão. "Todos têm sido muito profissionais. Isso vai passar e vamos voltar forte e bem. Nossos objetivos estão bem traçados. Os objetivos foram adiados", disse. "Nós, jogadores, estamos conversamos bastante. Há dúvida se o campeonato vai voltar, se pode viajar... E também observamos que um ou outro time já está treinando. Estamos sempre conversando para manter o foco", afirma.

Aliás, a família de Micael teve um impacto considerável com a paralisação do calendário oficial. Micael tem um irmão gêmeo, chamado Nícolas, que é goleiro do Ferroviário-CE. Gaúchos, nascidos em Campo Bom/RS, em 1986, ambos são titulares das suas equipes. "A saudade bate cada vez mais. Nós optamos por ficar nas respectivas cidades. E isso impacta porque a mãe gosta dos filhos dentro de casa. E estão os dois fora de casa. Não voltei, meu irmão também não", revelou. Nesse momento, a ajuda da tecnologia é essencial. "Nós tomamos chimarrão juntos, fazendo chamadas de vídeo. Estamos matando a saudade e passando um pouco do tempo. Converso com o meu irmão mais agora do que antes da pandemia. Sempre um apoiando o outro". 

Em Belém, Micael tenta observar os aspetos positivos, entre eles, o fato de ter mais tempo dedicado a família. "Ninguém se preparou para ficar fechado dentro do apartamento. Agora, estou convivendo com o meu filho como nunca pude conviver. Não podemos sair, não podemos ir no mercado e isso afeta bastante. É um momento que precisamos olhar pelo lado positivo. Até pra questionar os nossos valores", falou.