Candidato a vilão, Márcio Fernandes mexe certo e vira herói da classificação do Paysandu
Depois de ver o time adversário largar na frente e fazer um primeiro tempo com maior posse de bola, técnico bicolor foi para o intervalo e mexeu no time, dando novo fôlego ao bicolor, que empatou a partida e venceu nas penalidades

A vitória do Paysandu sobre o Clube do Remo teve uma peça fundamental fora das quatro linhas. Depois de assistir o time ficar atrás no placar por boa parte do primeiro tempo, o técnico Márcio Fernandes fez mudanças significativas, que de uma só vez eliminaram o buraco formado no setor esquerdo e abriu um novo leque de opções de ataque, com o time mais aberto e ofensivo, dominando praticamente toda a etapa final da partida.
Whatsapp: saiba tudo sobre o Paysandu. Recêêêba!
No retorno do intervalo, a postura bicolor era outra. Saíram Juan Pit Bull e Hernández, ambos um tanto perdidos em campo, para as entradas de Fernando Gabriel e Roger. No meio-campo, Paulo Henrique ganhou a vaga de Jimenez. A partir daí, Márcio Fernandes fez as mexidas dentro da nova proposta, dando maior dinâmica ao time, que imediatamente tomou a posse de bola e passou a explorar com insistência o campo de defesa azulino.
De sorte, com o time equilibrado no meio-campo, o Paysandu contou ainda com as surpresas do futebol, uma vez que o gol de empate saiu depois de um bate-rebate na área remista e quem se deu bem foi Mário Sérgio, que conseguiu empurrar no canto de Vinícius. O placar igual ainda era interessante ao Remo, já que havia conquistado a vitória no jogo de ida. Contudo, o empate foi apenas o início de uma virada surreal, embalada pelo canto da torcida.
VEJA MAIS
A outra mudança feita por Fernandes foi na lateral-direita. Saiu Samuel Santos para a entrada de João Pedro. No entanto, o substituto foi deslocado para a cabeça de área, ao lado de Paulo Henrique, enquanto Bruno Alves desceu para a lateral-direita e Eltinho povoou a esquerda. Mais ao centro, o Paysandu permaneceu com dois cabeças de área e Ricardinho na condição de armador, abastecendo a correria de Roger e Fernando Gabriel nas cercanias da grande área, enquanto Mário Sérgio permanecia como referência de gol.
Em linhas gerais, o time mudou de um 4-4-2 para um 4-3-2-1, dificultando a saída de bola do Remo, que viu o adversário passear em campo até o apito final. Assim, o técnico bicolor, que até então vinha sendo cobrado, com rumores de demissão antes do clássico, deu um nó tático no adversário e saiu do Mangueirão classificado para a final da Copa Verde.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA