Cadeirantes recebem treino específico e à distância durante isolamento contra a Covid-19

Com a suspensão das competições e dos treinos do basquete em cadeira de rodas por conta do novo coronavírus, os atletas da equipe do All Star Rodas/Remo estão sem atividades em grupo há duas semanas.

Sem previsão de retorno às quadras, técnico Wilson Caju orientou os atletas para se movimentarem dentro de suas casas. “Tínhamos uma rotina diária, num espaço de cinco horas de treinamentos e, por causa desse vírus, tivemos de suspender. É preocupante, porque o atleta precisa treinar e, sem atividades do dia a dia, ele fica ocioso. Nós, da comissão técnica do All Star, pedimos a eles [atletas] movimentarem seus braços, pois os braços são as pernas deles nas competições”, disse.

Caju acredita até o final de abril os treinos do All Star Rodas/Remo voltarão ao normal. “Se Deus quiser logo estaremos em treinamento. Deus está no comando”, fala.

Vileide Brito, a Vivi, cestinha no campeonato brasileiro com 194 pontos, além de ser escolhida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro [CPB] como a melhor atleta do ano na categoria basquete em cadeira de rodas, falou do isolamento por causa do coronavírus e garantiu que segue a orientação do técnico Wilson Caju.

”A gente em casa perde um pouco do controle. Está difícil encarar essa situação sem poder treinar, conversar com os amigos. Estou isolada daquilo que gosto de fazer”, lamentou.

Aos 28 anos e com treze anos de seleção brasileira, Vivi deu recado aos amigos de equipe. “É tomar todo cuidado, pois o problema é sério. Até mesmo quando voltamos aos treinos não vamos ter a certeza de tudo estar normalizado", destacou.

Neste primeiro semestre, o All Star Rodas/Remo disputaria a Copa do Brasil em São Paulo e o torneio nacional 3x3.