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Paraense disputa torneio com a Seleção de vôlei sentado e já pensa nas Paralimpíadas: ‘Maior sonho’

Paulo Cavalcanti foi convocado para integrar o time do Brasil no Torneio Holandes da modalidade, que ocorre em Assen, na Holanda

Aila Beatriz Inete
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O paraense Paulo Cavalcanti recebeu a primeira convocação para disputar uma competição oficial com a Seleção Brasileira de voleibol sentado. Com a equipe do Brasil, o paratleta jogará o Torneio Holandês da modalidade, que ocorre entre os dias 27 de junho até 4 de julho, em Assen, na Holanda. Paulo representa a Associação de Deficientes Físicos do Pará (ADFPA). Agora, é um atleta da Seleção Brasileira e parte para buscar mais um título para o Brasil.

A equipe de Esporte de Oliberal.com conversou com o paratleta para conhecer um pouco da trajetória dele, saber como está a expectativa e como ele projeta uma possível vaga nas Paralimpíadas de Paris. Confira: 

OLiberal: Podes contar como começaste no vôlei sentado?

Paulo Cavalcanti: Antes do meu acidente, eu já jogava o voleibol tradicional. Depois do ocorrido, amigos ficaram sabendo e começaram a me indicar para esta modalidade. Muitas pessoas que já jogavam começaram a entrar em contato comigo e eu fui chamado por um técnico de São Paulo para experimentar e vivenciar o esporte, depois que eu sair do hospital. Daí eu comecei a praticar.

OL: Como foi a tua trajetória até chegar na Seleção?

PC: No mesmo ano que aconteceu o meu acidente, que foi em janeiro de 2019, eu fui convocado para o meu primeiro Brasileiro de voleibol sentado, que foi em dezembro. Após esse, eu participei de outro. Os dois ocorreram em São Paulo. Então, eu tive uma visibilidade muito boa de técnicos de outras equipes, que acharam que eu tinha um bom desempenho dentro de quadra. Daí veio a minha convocação para participar das fases de treinamentos da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado, que foi este ano.

image Paulo Cavalcanti, atleta de vôlei sentado (Ivan Duarte/O Liberal)

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OL: Como foi a tua experiência nos treinamentos?

PC: Foi muito válida. Lá [no Centro de Treinamento Paralímpico] o treino é muito intenso. Eles tem toda uma estrutura para os treinamentos de alto rendimento voltado para os paratletas. Eu senti algumas dificuldades, porque aqui no estado, o nosso treinamento é bem precário e, muitas das vezes, a gente não tem um quantitativo de atletas para fazer o treino ou até mesmo um espaço adequado. E com isso, quem chega lá e pega todo um aparato, uma atividade mais intensa, sente bastante. Mas eu consegui ter um bom desempenho e a equipe e o técnico me ajudaram muito [no processo]. 

OL: Qual a tua expectativa para esse torneio com a Seleção?

PC: A minha expectativa é de nós fazermos bons jogos, a equipe ter bastante empenho de conjunto e coletividade para almejar as vitórias e nos consagrar campeões neste torneio.

image O paraense, mais conhecido como Cyborg 18, em atuação pelo Brasil (Arquivo Pessoal)

OL: Como é a tua realidade como paratleta?

PC: Eu estou aposentado, devido ao meu acidente. Mas não vivo do esporte. Eu não recebo nada como atleta. A nossa realidade, principalmente aqui no nosso estado, é bastante precária. Não temos patrocínios, não temos lugares adequados para treinos.

OL: Como está nos teus planos as Paralimpíadas de Páris, pensas em tentar uma vaga?

PC: Esse é um grande objetivo que eu tenho: conseguir chegar nas Paralimpíadas de Paris. Representar a nossa nação, levando o voleibol do norte para compor a seleção brasileira, esse é o maior sonho que eu tenho. 

image Paulo Cavalnti, atleta de vôlei sentado (Ivan Duarte/O Liberal)

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Fábio Will, repórter do Núcleo de Esportes)

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