Conheça a história de torcedores de Remo e Paysandu que decidiram tatuar o amor pelos times

A reportagem de O Liberal visitou dois estúdios de tatuagem em Belém para ouvir histórias de torcedores que decidiram gravar na pele o amor por Remo e Paysandu

Igor Wilson
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Para eternizar o que já é eterno. Para mostrar a todo mundo o amor por seu time. Simplesmente por fazer. No embalo da semana que antecedeu o clássico Re-Pa — que volta à Série B após quase 20 anos e que foi disputado neste sábado (21), no Mangueirão — a reportagem de O Liberal visitou dois estúdios de tatuagem em Belém para ouvir histórias de torcedores que decidiram gravar na pele o amor por Remo e Paysandu.

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No Lango Tattoo, a sessão de Dayvison Oliveira se estende por horas. Nas costas, ganha forma a imagem de Thor, o poderoso deus do trovão da mitologia nórdica, conhecido por sua força, proteção e por sua conexão com tempestades e relâmpagos, e claro, por ser o mascote de sua torcida organizada. Na imagem, o escudo remista é protegido com martelos cruzados. “Já gastei mais de R$ 2 mil e ainda faltam sessões. Comecei a fazer na época que o Remo não estava numa boa fase, pra msotrar que apoiamos em toda fase”, diz ele, que acompanha o Leão em todos os jogos — de ônibus, avião, ou como der.

image Dayvison Oliveira irá precisar de pelo menos mais quatro sessões  (Cristino Martins/O Liberal)

Também no estúdio de Lango, Luan Vítor, 27, mostra uma tatuagem vívida, cheia de significados. Um leão hiper-realista protege o escudo do Remo sobre pedras, símbolo das fases difíceis vividas pelo clube. “A cor do escudo parece saltar da pele. É pra lembrar que a gente sobreviveu a tudo isso”, afirma, provocando o colega ao lado, torcedor do Papão. “Olha o lanterna, vive de Libertadores perdida”.

image O pai de Luan gostou tanto da tatuagem do filho, que pretende fazer uma igual (Cristino Martins/O Liberal)

Roni Almeida, 43, retruca sem perder o humor. “Vocês até um tempo desse nem divisão tinham. Quando vocês disputarem uma Libertadores, tu fala comigo”.  A tatuagem do escudo do Paysandu na coxa esquerda é mais que paixão. Na Curuzu viveu os momentos mais felizes, conheceu, inclusive, sua esposa há 20 anos. “Conheci minha esposa na Curuzu. Um Parazão no início dos anos 2000, cervejinha e conversa. Estamos juntos até hoje”, lembra. Ele conta que só tirou a ideia do papel quando encontrou Lango, o tatuador. “Sabia que ia ser com ele”, diz.

image Roni Almeida conheceu a esposa na Curuzu e decidiu homenagear clube (Cristino Martins/O Liberal)

Veterano das agulhas, Lango tatua há mais de 20 anos e já viu de tudo. “Tem quem tatue por amor, por aposta, por promessa ou por ressaca. Remo e Paysandu é mais que jogo, é identidade. Com R$ 200 já dá pra eternizar esse sentimento”, diz ele, enquanto prepara a próxima sessão.

image Emerson Costa escolheu estilo 'patch tattoo' para eternizar o escudo do Papão (Cristino Martins/O Liberal)

Em outro canto da cidade, no Tattoo Maniac Studio, Rodolfo Júnior, professor de Filosofia, exibe o braço esquerdo com orgulho. Um leão, o escudo de 1905 e as letras “CR” ocupam a pele como símbolos de uma memória afetiva. “Minha avó era remista roxa. Foi com ela que aprendi a torcer. Em casa, até meu pai é Paysandu, mas o coração puxou pro azul marinho por causa da minha vó”, conta.

image Rodolfo virou remista por causa da sua avó (Cristino Martins/O Liberal)

O mesmo estúdio foi palco da tatuagem de Emerson Costa, 34 anos, propagandista e torcedor fervoroso do Papão. Ele carrega na batata da perna direita o escudo do Paysandu em estilo patch tattoo, como se fosse um bordado sobre a pele. “Só meu chapéu já conta nossa história. Aqui tem as taças mais importantes. A Libertadores de 2003? Ninguém tira isso da gente”, dispara, já prevendo o resultado do clássico: “Vai ser 1 a 0, gol do Rossi”.

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