CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Reparos são realizados no Mangueirão; licitação para reforma sairá até o mês de abril

Último episódio pode apressar obras no estádio

Nilson Cortinhas

O estádio Mangueirão já deu sinal de que a estrutura está fadigada, como ressaltou o promotor público Nilton Gurjão: "Fadiga de material", disse. "O estádio está com todos os laudos em dia. O cara que assinou a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) é o responsável por qualquer coisa que acontecer", ressaltou Gurjão.  

O Ministério Público monitora o caso, sendo que o promotor crê uma reforma ampla é a saída. "Pouco adianta fazer algo neste momento. Já está sendo realizada a licitação para a grande reforma", informou o representante do MP. No último episódio, foram deslocados órgãos de segurança, entre eles, o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) para inspecionar o local.

Segundo nota oficial, o estádio não representa riscos para os torcedores. Inclusive, a partida entre Paysandu e Remo foi mantida e transcorreu com poucos problemas - a não ser o adiamento em uma hora.

 

Reparos 

Foram dois episódios recentes que vieram a público e que mostram o quanto a estrutura está envelhecida, carecendo de reformas urgentes. No início de 2019, parte do teto do Mangueirão desabou e destruiu assentos. Este ano, uma placa de recobrimento de reboco deslocou, caiu e causou um estrondo. Por sorte, nos dois momentos, não havia público no estádio, inclusive, o segundo episódio ocorreu cerca de quatro horas antes do jogo de maior público do futebol paraense, o Re-Pa. 

O engenheiro civil, Erick Marquês, analisou as imagens do último domingo (08) e opinou. "Pelas fotos que circularam, dá pra perceber que teve desplacamento de concreto. É uma patologia fácil de identificar. Já apresenta uma corrosão. Isso decorre de vários fatores, o mais comum é que estamos numa região que chove muito. Água na estrutura e tem a corrosão mais rápida", disse, abordando soluções. "É preciso fazer um mapeamento da estrutura, remoção e recuperar para dar uma durabilidade na estrutura maior", disse. 

O Mangueirão permanece sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), órgão público ligado ao Governo do Pará, ao contrário dos modelos de gestão mais moderno, das arenas espalhadas pelo Brasil. Um dia depois do ocorrido, a reportagem procurou a Seel, Sedop e Corpo de Bombeiros para tratar o assunto. O Corpo de Bombeiros dará entrevista nesta segunda-feira (10) sobre o assunto.  

A Seel informou a realização de reparos, conforme nota oficial: "A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), informa que equipes da Sedop deram início ao serviço de manutenção no Estádio Olímpico do Pará-Mangueirão, na manhã desta segunda-feira (9)". Ainda segundo estimativas da Seel, o trabalho de manutenção vai durar aproximadamente três semanas: "E não irá prejudicar os jogos já programados no local", explicitou a Seel. Nas 8º, 9º e 10º rodadas, o Mangueirão não será utilizado em jogos do Parazão.  

 

Licitação 

O fato é que o último episódio pode impulsionar o início das reformas, inicialmente, previsto para setembro deste ano. O processo de reforma é uma atribuição da Sedop. Segundo foi informado pela reportagem, a secretaria estima que até o mês de abril já seja lançado o edital do processo licitatório para a contratação da empresa que será responsável pela obra de reforma e readequação do espaço. "Os trabalhos devem começar ainda no segundo semestre deste ano", garantiu a nota da secretaria. 

A dupla Remo e Paysandu, sobretudo, os azulinos, serão impactados com a referida reforma. Os clássicos da Série C seguem com local indefinido. Mas, a segurança do torcedor, no Mangueirão, deve vir em primeiro lugar. 

 

Linha do tempo abordando problemas e reformas  

O estádio estadual Jornalista Edgar Augusto Proença, popularmente chamado de Mangueirão, foi inaugurado no dia 4 de março de 1978 e completou 40 anos, em 2018. Sua maior reforma ocorreu nos anos 2000, onde foi concluído o anel das arquibancadas, deixando o termo “bandola”, como era chamado. Além disso ganhou pista de atletismo e se tornou olímpico, por outro lado perdeu a sua irreverência, já que a saudosa geral (arquibancada com preço mais popular) foi retirada.

 

1969

Concepção do projeto feito pelo arquiteto Alcyr Meira

 

1971 a 1978

As obras foram realizadas neste período. Em 1978, o estádio é inaugurado com capacidade para 45.007 pessoas.

 

2000 a 2002

Reforma que concluiu as arquibancadas do estádio. 

 

2009 

Como não foi escolhido para Copa do Mundo, o Mangueirão teve um projeto de atualização engavetado. 

 

2019

Parte do teto caiu e destruiu assentos do estádio. Reformas foram realizadas e estádio é liberado para o Parazão e Campeonato Brasileiro da Série C. Foram disputados quatros clássicos.  

 

2020 

Em janeiro, Governo do Pará anunciou pré-projeto para reforma ampla e o disponibilizou para adaptações. A ideia é fechar o estádio em setembro deste ano. O Mangueirão é liberado depois de laudos assinados por engenheiros para o Campeonato Paraense. Só que, em março, parte do reboco deslocou e desabou em uma área de bar.  

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Futebol
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM FUTEBOL

MAIS LIDAS EM ESPORTES