Presidente da FPF responde nota do Bragantino: 'A Federação se mantém imparcial nesse caso'; veja

Ricardo Gluck Paul explica que a presença de diretora da entidade no julgamento do Paragominas não tem relação com as atividades da federação e sim atividades profissionais anteriores ao cargo que hoje ocupa

Luiz Guilherme Ramos
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Depois da divulgação de nota de repúdio sobre a conduta de um membro da Federação Paraense de Futebol presente no julgamento que envolve três clubes e dois jogadores, supostamente utilizados de forma irregular no Parazão deste ano, o presidente da FPF-PA, Ricardo Gluck Paul se manifestou, em contato com o Núcleo de Esportes de O Liberal para rebater as acusações e reafirmar o "compromisso da FPF com o futebol paraense".

Na última quinta-feira, a diretora do Ceju, Danielle Pina, postou um vídeo onde aparentemente 'comemora' a decisão do STJD, em favor do Paragominas, que anula a decisão inicial do TJD sobre a escalação irregular dos atletas Guga, do Águia de Marabá, e Hatos, do Bragantino. A pauta chegou à corte desportiva e agora retorna ao TJD/PA, onde será novamente apreciado. Esse foi o ponto de discórdia para o presidente do Bragantino, Cláudio Wagner, que divulgou uma nota de repúdio sobre a conduta da advogada. 

De acordo com o presidente da FPF-PA, trata-se de um certo equívoco por parte do entendimento das atividades profissionais e pessoais desempenhadas pela advogada, neste caso, anterior à posse no cargo diretivo da entidade. "Esse é um processo antigo, que tem origem no primeiro semestre, onde a gestão da federação e do tribunal eram outras", começa Gluck Paul, que, em seguida, explica a condição da FPF no caso. 

"Nós fomos convidados pelo Paragominas para compor a lead do processo, ou seja, informar ao STJD que temos interesse em compor e fazer parte do mesmo. Na nossa visão isso poderia fortalecer a tese deles. E nós, de forma imparcial, ou seja, para não se posicionar jamais quando houver disputa entre mais de um filiado, em favor de A ou B, nós negamos essa participação. Inclusive isso foi repercutido na imprensa de alguma forma", registra. 

"Nós não aderimos ao processo para manter a imparcialidade da FPF. Entendemos que, quando houver uma disputa entre um ente da federação e um clube de outra federação, seja em disputa de qualquer campeonato, temos obrigação de compor a lead, inclusive militar para defender nossos filiados. Ao contrário disso, nós não o fazemos", reforça, para, em seguida, explicar a condição da advogada no processo. 

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"Com relação à dra. Danielle, o que nós entendemos, ela era advogada do caso nesta época, inclusive tem um vídeo do período, de alguns cerceamentos de direito que ela sofreu para exercer a advocacia. Muito antes da eleição, ela era advogada do caso. Depois de encerradas as eleições, ela passa a compor a FPF estritamente na gestão do Ceju, que é um centro de treinamento", pontua.

Segundo ele, Danielle Pina exerce unicamente funções relacionadas ao espaço, desde que foi designada ao cargo, conforme portaria da FPF publicada no dia 2 de agosto deste ano, assinada por ele próprio. "Ela não tem nenhuma ligação com o departamento jurídico da FPF e nem mesmo com qualquer assunto desta natureza. Então não há conflito de interesse", diverge. 

Por fim, Ricardo sinaliza que não há problema na ida da advogada. O TJD/PA ainda não divulgou a data do julgamento, mas qualquer que seja o resultado, a federação terá de cumprir e, segundo ele, o fará em nome da legalidade jurídica do futebol estadual. Ao final do Parazão, Bragantino e Águia permaneceram na elite, com o Águia inclusive classificado para a Série D do que que vem, enquanto o Paragominas foi rebaixado para a Segundinha.

"E no meu entendimento, eu não poderia evitar que ela pudesse acompanhar esse caso no qual ela já fazia parte muito tempo antes das eleições. Até onde eu sei, ela nem é mais advogada do caso, mas foi convidada para acompanhar e acompanhou. Ela não foi como FPF. Para estar, precisava apenas de uma assinatura minha e isso traria benefícios para algum clube e isso não fizemos. A FPF se tornou imparcial. É direito dos clubes se manifestar, inclusive conversamos com a diretoria do Bragantino. Portanto, a FPF se manteve e se mantém imparcial, não só neste caso, mas em qualquer caso em que houver disputa entre mais de um filiado", encerra. 

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