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Parazão 2023: homofobia, racismo e machismo serão temas a cada rodada; veja detalhes da assinatura

Assinatura dos termos cooperação ocorreu nesta terça-feira (27), com representantes da Funtelpa, Defensoria Pública, Federação Paraense de Futebol, além do Remo, Paysandu e Tuna Luso

Fábio Will
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O Parazão de 2023 será temático. O principal campeonato estadual do norte do Brasil abordará temas importantes a cada rodada, como a homofobia, o racismo, etarismo, além do feminicídio. O evento de assinatura do termo de cooperação do “Parazão Inclusivo 2023” ocorreu nesta terça, no prédio da Defensoria Pública do Estado do Pará, em Belém. Alguns temas foram expostos pela equipe da Federação Paraense de Futebol (FPF) e contou com as presenças dos representantes do Remo, Paysandu e Tuna Luso.

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FPF

O campeonato terá ações em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Pará, clubes, além da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), detentora dos direitos de transmissão da competição. As rodadas terão temas e ações que serão realizadas em jogos mostrando a importância de cada assunto para a sociedade, tendo o futebol como uma ferramenta de inclusão e de um mundo melhor. O presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, falou da importância de ter parceiros com o mesmo pensamento nesse novo formato do Parazão.

“É uma honra participar desse projeto através da FPF. A Funtelpa já havia pensado em um campeonato dessa forma, a Defensoria Pública já praticava isso, com projetos muito parecidos com o nosso e as três instituições sozinhas, se encontram de forma quase ocasional. O futebol precisa assumir a sua responsabilidade social, o futebol é um veículo de comunicação, que conversa com todas as camadas da sociedade, no mesmo nível. Se isentar dessa responsabilidade era omissão terrível, precisamos ser protagonistas nessas bandeiras sociais com coragem. Tenho certeza que iremos fazer um grande trabalho, de um lado teremos o campeonato, de outro especialistas em temas sócios [Defensoria Pública] e a Funtelpa, que chega em todos os cantos do Estado do Pará”, disse, Gluck Paul.

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image Ricardo Gluck Paul presidente da Federação Paraense de Futebol (Ivan Duarte / O Liberal)

Defensoria Pública

O defensor público-geral do Estado do Pará, João Paulo Carneiro Gonçalves Lédo, comentou sobre o papel da Defensoria Pública e os benefícios que as ações do Parazão inclusivo podem ajudar a sociedade.

“A Defensoria Pública é uma instituição como foi pensada no início como ‘advogada dos pobres’, mas hoje em dia ela possui outras funções trazidas pelas constituição e legislação constitucional. Ela é responsável pela educação e direitos e articulação de política pública. Esse projeto [Parazão Inclusivo] é maravilhoso. Nada é mais forte que a união de propósitos, estamos abraçados nas mesmas ideias, elas nos guiam”, falou

image João Paulo Carneiro Gonçalves Lédo, defensor público-geral do Estado do Pará (Ivan Duarte / O Liberal)

Funtelpa

O presidente da Funtelpa, Hilbert Hill Carreira do Nascimento, pontuou a questão do futebol como uma potente ferramenta quando se trata de respeito e citou que a luta não é apenas no âmbito regional, mas sim nacional e mundial.

“Nós da Funtelpa estamos aqui à serviço da população, temos que aproveitarmos agora, a chegada do campeonato Paraense, que todo mundo assiste, planejar e levar à população junto com a Federação e a Defensoria Pública, levar esses temas que é trabalhado pela FIFA, CBF, que também está sensível aos temas e poder provocar e estimular outras federações e instituições a realizar o mesmo. Parabéns a todos que pensam em respeito e inclusão”, comentou.

image Presidente da Funtelpa Hilbert Hill Carreira do Nascimento (Ivan Duarte / O LLiberal)

Os protagonistas: saiba o que dizem os clubes

Os três maiores clubes do Estado estiveram na assinatura do Parazão Inclusivo. O Remo foi representado pelo presidente do clube, Fábio Bentes. O Paysandu teve como representante o coordenador de futebol, Ricardo Lecheva, além da Tuna Luso Brasileira, que foi representada pela presidente Graciete Maués. Os três comentaram sobre a realização de um estadual mais humano e afirmaram que os clubes serão peças fundamentais nas campanhas.

Remo – Fábio Bentes

“Estamos vivendo um momento histórico no nosso futebol. Desde que eu assumi o clube em 2019, tivemos uma missão de cumprir o nossos papel social e cumprir esse debate para junto do nossos torcedor, mas durante esses anos fomos uma voz isolada no meio da multidão, trabalhamos temas como o ‘Não é não’, ‘Não ser racista, é preciso ser anti-racista’, ‘Violência contra a mulher’, ‘Homofobia’ e levávamos esses temas para os estádios, redes sociais, e fomos taxados como políticos, por puro preconceito de alguns torcedores, mas que acabavam por invadir nossas redes com xingamentos nesses sentidos. Hoje todos os clubes aderindo, a Defensoria Pública e a FPF, essas pessoas que atribuíam isso a fatores políticos e externo, começarão a entender que isso é uma luta de todos, independente se você é vítima ou não de preconceito, você precisa assumir essa bandeira como uma luta de vida, quando todos entenderem isso, aí sim o preconceito vai acabar”

image Fábio Bentes presidente do Remo (Ivan Duarte / O Liberal)

Paysandu – Ricardo Lecheva

“O Campeonato Paraense de 2023 já é o campeão com a ideia da inclusão, ainda mais com a união da FPF com o futebol, o grande espetáculo, a Funtelpa a divulgação, engajamento e a Defensoria Pública mostrando todos os caminhos, os direitos da população, cada um com suas ideias, acabam dando vida ao projeto. Acredito que a iniciativa dá uma outra conotação e nós, do Paysandu, ficamos felizes nessas questões sociais. Todos os clubes abordam esses fatos, mas geralmente quando existe um acontecimento, mas agora não, a campanha inicia com o Parazão e com envolvimento de todos os clubes”

image Coordenador de futebol do Paysandu, Ricardo Lecheva (Ivan Duarte / O Liberal)

Tuna Luso Brasileira - Graciete Maués

“Os clubes possuem um papel fundamental nesse trabalho desenvolvido pela Funtelpa, FPF e Defensoria Pública. É uma grande união, na nossa casa é que se deve iniciar os trabalhos. Agradeço o convite, por ouvir os clubes, para debatermos ações, aspectos, e principalmente, combatermos todas essas questões”.

image Graciete Maués presidente da Tuna Luso Brasileira (Ivan Duarte / O Liberal)
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