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'É uma honra levar meu Estado por onde eu passo', diz Rony durante férias em Belém

Atleta do Palmeiras vai ganhar título de cidadão de Ananindeua por ser inspiração para as crianças

Heloá Canali

Prestes a receber o título de cidadão de Ananindeua por toda a representatividade que conquistou no mundo do futebol e por se tornar um exemplo para crianças e jovens do Estado, o paraense Ronielson Barbosa, o 'Rony', ex-Remo e agora atacante do Palmeiras (SP), conversou com a equipe de O Liberal nesta quinta-feira (9), durante passagem por Belém.

Natural de Magalhães Barata, município do nordeste do Estado, ele fez questão de vir a Belém e de trazer na bagagem uma réplica perfeita da Taça Libertadores da América, título recém conquistado pelo Palmeiras em Montevidéu, após disputa com o Flamengo. Hoje, Rony é bicampeão da competição internacional e entrou para o hall seleto dos atletas paraenses que mais vitórias tiveram em suas trajetórias, com duas Libertadores, uma Sul-Americana, duas Copas do Brasil e muitos outros títulos.

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"Me sinto uma pessoa muito honrada. Nunca imaginei alcançar tudo isso. É uma honra levar o meu estado do Pará para onde eu vou. É um reconhecimento para mim e para todos os meus familiares", comentou o atleta, destacando o orgulho de ser paraense. "Em tudo o que faço eu mostro de onde eu vim. Hoje, fazer história pelo que eu amo é maravilhoso", disse, emocionado.

Futebol pelada

O movimento do futebol pelada foi outro assunto comentado pelo camisa 7 do Palmeiras. Hoje, muitos garotos acabam migrando para os campeonatos de bairro em troca de dinheiro mais rápido, em vez de manter o foco e a paciência para trabalhar e conseguir oportunidades melhores. Para esses meninos, ele deixa uma mensagem.

"Mesmo que alguns digam que é fácil jogar futebol, não é. A gente sabe que as vezes o caminho mais fácil se torna o mais difícil. Jovens que têm tudo pela frente, têm um talento muito grande, acabam perdendo oportunidades. Se vocês têm esse sonho, não desistam.

Rony já comentou em várias entrevistas sobre a vida complicada que teve na infância. O jovem de 26 anos passou fome diversas vezes, jogou futebol com amontoados de sacos plásticos, perdeu o pai ainda muito jovem e, mais adiante, seu avô. Passou a ser ajudado pelo irmão, que admira muito. "O futebol tem altos e baixos, rolam desavenças, mas não desistam. Dêem o seu melhor, façam de tudo para ajudar seus familiares que, com muita fé e dedicação, é possível conseguir o objetivo", finalizou.

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