Colunistas esperam Remo 'tranquilo' e Paysandu com inseguranças na final do Parazão

Pio Neto e Carlos Ferreira analisam primeiro jogo e projetam a grande decisão deste domingo (11)

Pedro Garcia

Remo e Paysandu se enfrentam na grande final do Campeonato Paraense neste domingo (11), às 17h, no Estádio Mangueirão, em Belém. O jogo de ida, marcado por polêmicas, muita tensão e golaços, terminou com vitória do Leão por 3 a 2, garantindo a vantagem para a decisão.

Como a primeira partida proporcionou grandes emoções ao torcedor paraense, o Núcleo de Esportes de O Liberal solicitou aos colunistas Pio Neto e Carlos Ferreira uma análise detalhada do confronto inicial e das expectativas para a grande final deste domingo.

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O jornalista Pio Neto destacou que, apesar de Remo e Paysandu enfrentarem realidades opostas na Série B do Campeonato Brasileiro - com o Leão lutando pelo acesso à Série A e o Papão tentando evitar o rebaixamento - o fator superação sempre prevalece no clássico Re-Pa.

“O cenário da Série B reflete momentos opostos de Remo e Paysandu. Mas dentro de campo houve equilíbrio no primeiro jogo e é previsível que se mantenha neste domingo”, disse o colunista.

Para Carlos Ferreira, a realidade vivenciada pelos bicolores influenciou diretamente o comportamento dos jogadores, especialmente pelo fato de viver um jejum de vitórias. Já para os azulinos, a pressão de não vencer o rival há nove partidas pesou bastante. Os cenários deixaram a partida mais tensa e, consequentemente, com mais erros.

“Os jogadores estavam visivelmente nervosos. Certamente eles foram muito cobrados. E qual era a razão para tanta cobrança? O fato de o Paysandu estar há dez jogos sem vencer. Do lado do Remo, a sequência de dois anos sem ganhar do rival também pesou bastante. Os gols ocorreram em função desse nervosismo, que ocasionou os erros”, analisou Carlos Ferreira.

Pontos positivos e negativos

Pio Neto destacou que o Paysandu enfrenta um grande problema no meio-campo, o que reduz a produção ofensiva e deixa os atacantes pouco abastecidos. Ele também comentou sobre a situação do jogador Rossi, que tem atuado no sacrifício pelo time. Por outro lado, o Remo passa por um momento muito mais tranquilo e tem elenco mais encorpado, com opções concretas em seus três setores.

Carlos Ferreira fez uma análise detalhada sobre a atuação dos jogadores no clássico Re-Pa, destacando “heróis” e “vilões” que influenciaram o resultado da partida. Segundo ele, alguns atletas se destacaram positivamente, enquanto outros cometeram erros em momentos decisivos.

Heróis

“Uma surpresa muito positiva foi o Benítez, que entrou no meio do jogo e mostrou sua qualidade, tornando-se a grande figura do Paysandu. Já no Remo, Sávio foi o principal destaque,” ressaltou Carlos Ferreira.

Vilões

“No Remo, Caio Vinícius esteve muito inseguro. Talvez a pressão tenha afetado negativamente seu desempenho, pois ele costuma jogar muito melhor. Já o goleiro Matheus Nogueira, que é muito bom, ficou plantado no gol no lance do gol de Klaus, quando poderia ter saído para tentar evitar o gol. Essa postura não é comum para ele,” analisou o jornalista.

90 minutos finais

Re-Pa de número 778 decide o campeão paraense de 2025. Para os bicolores, é a chance de conquistar o 50º título da competição, enquanto os azulinos buscam levantar a taça pela 47ª vez, após três anos sem conquistas. Os colunistas comentaram suas expectativas para a decisão.

Para a grande final do Campeonato Paraense, Pio Neto avalia que o Remo deve entrar mais tranquilo e com a vantagem do jogo de ida, enquanto o Paysandu precisará de uma atuação impecável para levar a decisão aos pênaltis. 

Complementando, Carlos Ferreira destaca a intensa pressão sobre ambas as equipes. Segundo ele, o Paysandu enfrentará uma pressão igual ou até maior que na partida anterior, enquanto o Remo já superou o peso de não vencer o rival e agora tem a cobrança pelo título.

"A vitória deu mais confiança aos jogadores azulinos, que devem entrar mais equilibrados psicologicamente e com menos pressão que os bicolores. Apesar disso, o Papão deve reagir a essa pressão com muita bravura, jogando de forma arrojada mesmo diante do desgaste físico", completou Carlos Ferreira.

(Pedro Garcia, estagiário sob supervisão do coordenador do Núcleo de Esportes de O Liberal, Caio Maia)

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