Pescado fica mais caro em Belém; altas em março chegaram a quase 14%
As espécies que tiveram os maiores reajustes foram arraia, peixe-serra e xaréu
Grande parte dos pescados comercializados nas feiras e nos mercados de Belém ficou mais cara em março, pelo terceiro mês consecutivo, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Secretaria Municipal de Economia (Secon). Os dois órgãos pesquisaram 38 espécies, que são as mais consumidas pelos belenenses.
Os tipos de peixe que tiveram os maiores reajustes em março foram a arraia (13,64%), seguida do peixe-serra (13,1%), xaréu (12,07%), surubim (12,06%), aracu (10,31%), mapará (10,26%), bagre (9,58%), sarda (8,8%), peixe-pedra (8,55%), tainha (7,77%), pacu (7,47%), curimatá (7,14%), pirapema (6,15%), cação (5,6%), pescada amarela (5,22%) e dourada (4,82%).
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Já no trimestre, entre janeiro e março, as maiores altas foram registradas nos preços do aracu (25,1%), seguida do peixe-serra (24,87%), filhote (23,9%), arraia (22,38%), surubim (22,12%), gurijuba (21,42%), xaréu (20,75%), peixe-pedra (19,05%), cachorro de padre (18,22%), pescada amarela (17,95%), pacu (17,87%), curimatá (17,79%), bagre (17,1%), camurim (14,52%) e dourada (14,01%).
E o balanço dos últimos doze meses, de março do ano passado para março deste ano, mostra que as espécies que mais ficaram caras foram surubim (40,05%), seguido do peixe-serra (29,66%), pirapema (25,71%), cachorro de padre (24,24%), camurim (23,41%), cação (21,30%), mapará (18,19%), peixe-pedra (17,21%), curimatá (16,77%), xaréu (16,41%) e pescada amarela (15,08%).
Na avaliação do supervisor técnico do Dieese, economista Roberto Sena, os aumentos já eram esperados, devido à sazonalidade do pescado e à própria inflação, que vem atingindo os produtos de modo geral.
Justamente para amenizar o prejuízo no bolso do consumidor, desde o dia 1º de abril até o dia 15 deste mês, a próxima sexta-feira, vigora em Belém o decreto municipal nº 103.766/2022, período em que os compradores do pescado por atacado que desejam transportar o peixe para outros municípios devem solicitar a Guia de Transporte do Pescado (GTP) emitida pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon).
“Dessa maneira, podemos ter um controle do que sai de Belém para outras localidades durante o período da Semana Santa, evitando uma saída descontrolada que possa prejudicar o abastecimento e provocar ainda mais a especulação de preço”, disse o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.
Também para ofertar peixes a preços mais acessíveis à população nesse período de alta, será realizado, nestes dias 13 e 14, mais uma edição da Feira do Pescado, em diversos pontos da capital. “A expectativa é de levar à mesa da população peixes de qualidade e com preços mais acessíveis, já que são comercializados diretamente com os fornecedores”, garantiu o diretor de aquicultura da Sedap, Allan Pragana.
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