Mutirão de negociação de dívidas do Procon tem alta procura em Belém

Contas de água e energia atrasadas e empréstimos consignados são principais causas de endividamento registrados na ação do Dia do Consumidor. É importante chegar cedo para garantir atendimento

O Liberal

Foi a alta a procura por renegociações de dívidas nesta terça-feira (15) na Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Pará, que está promovendo um mutirão por conta da semana do Dia Mundial do Consumidor. A expectativa do órgão é atender 1.000 consumidores até sexta-feira (18), quando a ação encerra.

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Segundo o diretor do órgão, Eliandro Kogempa, as renegociações envolvem diversas empresas parceiras, com foco em bancos, empresas de telefonia e fornecimento de energia e água.

"As empresas se comprometem a ajudar o consumidor a zerar essa dívida e ter o crédito liberado, o que fomenta a economia local", afirma. 

Qualquer consumidor, de qualquer empresa, pode participar, mas Kogempa destaca a importância de chegar cedo para o atendimento, que dura de 8h às 14h, mas que antes passa por triagem.

"O consumidor que chega até às 11h a gente libera a senha para que ele possa ser atendido no mesmo dia. É importante trazer o contrato, extrato ou nota, além de documentos como RG, CPF e comprovante de residência", diz.

De acordo com ele, o principal motivo de procura tem sido os empréstimos consignados, com muitos consumidores que não solicitam os empréstimos, além da energia elétrica, com média de quatro contas em atraso.

Consumidores aproveitaram o dia para pagar dívidas com desconto

Almir Rodrigues é marceneiro e ficou feliz com o resultado da negociação. Foi a segunda tentativa dele de reduzir uma conta de R$6 mil, que foi reduzida para R$3 mil.

"Facilitou para mim porque tiraram os juros. Vou pagar R$ 135 em 24 meses. Da primeira vez a oferta foi de R$ 350 por mês, mas ganhando mil reais por mês não tinha como pagar o consumo, a negociação. Como eu ia me alimentar? Estava com essa dívida há mais de cinco anos, então estou bem feliz", conta.

Já o funcionário público Francisco Silva não teve a mesma sorte. Ele não saiu satisfeito do balcão de negociações, onde tentava recalcular uma dívida de 2017 que ele classificou como cobrança indevida de consumo de energia. Ele tem pagado todas as parcelas em dia desde então, menos essa.

"Eu não estava nem em casa em julho de 2017 e tinha uma conta de R$ 520 que hoje virou R$ 1.249. Minha esposa incentivou a gente vir, mas eles queriam que eu pagasse esses R$ 500 e pouco. Deveria ser menor do que a dívida original. Só retiraram os juros e para mim isso não é negociação", afirmou ele.

Maria de Fátima Brás pegou dois ônibus para ir ao Procon porque o nome dela apareceu com uma restrição no banco e até agora ela não sabe do que se trata. "Eu vi na televisão e vim aqui para saber de onde veio essa restrição. Eu descobri isso tem dois meses", conta.

Já Rayane Rodrigues renegociou uma dívida com a Cosanpa também do ano de 2017, quando um imóvel dela estava alugado. "Eles alugaram mas nunca pagaram água. Acredita? Era difícil negociar na Cosanpa direto. Eu tinha que entrar em contato com o antigo morador e ele não aceitou pagar. O valor da entrada e dos juros estavam altíssimos da primeira vez que fui lá. Foi uma boa oportunidade", afirma. 

Serviço

Em Belém, a sede do órgão fica localizada na Travessa Lomas Valentinas, entre avenidas Marquês de Herval e Visconde de Inhaúma, na Pedreira. Já nos dias 22 e 23 de março, serão realizados ciclos de palestras, mesas redondas e balcão de atendimentos, em Capanema, no nordeste do Pará.

Na cidade, o evento ocorrerá na Associação dos Servidores Federais, localizada na Travessa Fernandes Tavares, 190, bairro do Campinho. No dia 25 de março, moradores de Icoaraci, distrito de Belém, receberão palestras e outros atendimentos promovidos pelo órgão. O local de atendimento será na sede da Associação de Moradores da Passagem do Rosário, de 9h às 13h.

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