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Inflação de Belém tem alta de 0,84% em março, maior do que a média nacional

O setor que teve a maior variação na Região Metropolitana de Belém foi o dos Transportes, seguido de Comunicação e Saúde e Cuidados Pessoais

O Liberal
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do País, subiu 0,84% na Região Metropolitana de Belém em março, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é maior do que a média nacional, que teve acréscimo de 0,71%, e um dos mais altos entre as áreas pesquisadas, ficando atrás apenas das Regiões Metropolitanas de Porto Alegre (RS), com incremento de 1,25%; Brasília (DF), com 1,11%; Curitiba (PR), com 1,03%; e Goiânia (GO), com 1,02%. Belém ainda empatou com a Grande Vitória (ES), que também registrou subida de 0,84%. 

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Com isso, a Região Metropolitana de Belém tem uma inflação acumulada de 4,53%, no intervalo de doze meses. Em março, houve um leve recuo em relação a fevereiro, quando a inflação oficial ficou em 0,86%. No primeiro trimestre, a inflação acumulada é de 2,12%.

O setor que teve a maior alta em março foi o dos Transportes, com índice de 2,85%, Em seguida, aparecem os gastos com Comunicação, com alta de 1,20%. Em terceiro lugar, estão os gastos com Saúde e Cuidados Pessoais, com índice de 1,08%. Os gastos com Alimentação e Bebidas tiveram alta de 0,59% e aparecem em quarto lugar. 

No fim de fevereiro, o governo federal voltou a cobrar impostos federais sobre a gasolina e o etanol, o que elevou os preços dos dois combustíveis e impactou o IPCA, conforme atesta o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá, Nélio Bordalo. “O setor de Transportes foi o que mais subiu aqui na nossa região, em função de elevações de preços da gasolina. Isso impactou também no aumento dos preços dos alimentos e bebidas, confirmados pelo reajuste dos preços da cesta básica em nossa cidade. O grupo de Comunicação teve o segundo maior acréscimo, principalmente, por conta dos reajustes nos preços dos combos de telefonia, internet e tv por assinatura, além de planos de telefonia móvel”, frisou. A inflação acumulada em 12 meses é de 4,65%.

Para o economista, a alta inflação registrada em Belém, de maneira geral, ainda se deve ao fato de precisarmos trazer de fora uma grande parte do que consumimos internamente. “O motivo principal desse elevado índice é que, em Belém, boa parte do que nós consumimos, como alimentação, roupas, medicamentos e etc, são importados de outras regiões do Brasil. Como exemplo, nós compramos de outras regiões produtoras em torno de 85% dos hortifruti que consumimos, os quais são transportados via rodoviária, com custo de frete e perdas. Tudo isso é adicionado nos  preços de venda aos consumidores, o que gera elevação no IPCA medido em Belém”, argumenta. 

Entre os nove grupos de preços pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta na Região Metropolitana de Belém. Apenas os grupos de Habitação (-0,36) e Artigos de Residência (-0,27) tiveram baixas. 

Pesquisa

De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

INPC tem alta de 0,91% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,91% em março, em Belém, a segunda maior alta do País, atrás apenas de Porto Alegre (RS), com índice de 1,37%. Em fevereiro, a alta em Belém foi de 0,90%.

Assim, o INPC acumula alta de 2,12%% no ano e de 4,52% nos últimos 12 meses. 

Veja a inflação por grupo em março, em Belém:

Alimentação e bebidas: 0,59%

Habitação: -0,36%

Artigos de residência: -0,27%

Vestuário: 0,02%

Transportes: 2,85%

Saúde e cuidados pessoais: 1,08%

Despesas pessoais: 0,57%

Educação: 0,01%

Comunicação: 1,20%

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