Inflação de Belém foi a segunda mais alta em abril

Os grupos que puxaram o índice foram alimentação e bebidas e transportes

Elisa Vaz
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A inflação na Região Metropolitana de Belém foi a segunda mais alta do país em abril, chegando a 1,21%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). À frente ficou a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (1,39%), e em terceiro lugar a de Porto Alegre (1,13%). Mesmo com a inflação da capital paraense mais cara, o resultado é um pouco inferior ao de março, quando ficou em 1,47%.

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O resultado da inflação leva em consideração nove grupos de produtos e serviços. Os grupos que mais contribuíram para a inflação de abril em Belém foram alimentação e bebidas (2,6%), transportes (2,3%), saúde e cuidados pessoais (1,7%), artigos de residência (1,49%) e vestuário (1,26%). Ficaram mais baratas as áreas de habitação (-1,73%) e comunicação (-0,6%). Um produto que contribuiu para a queda no grupo de habitação foi a energia elétrica, que teve retração de 5% em Belém no mês passado.

No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a abril, a alta já alcança 4,37%. Alguns grupos construíram mais para a elevação de preços nesse período, como alimentação e bebidas (9,06%): cenoura (148,03%), açaí (47,5%), brocólis (46,86%), batata inglesa (41,60%), melão (41,06%) e tomate (36,56%). Outro grupo que influenciou neste percentual foi o de transportes (5,02%), com destaque para o óleo diesel (14,82%), seguro de carro (11,33%) e passagem de ônibus urbano (11,11%) e interestadual (10,13%).

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No Brasil, inflação ficou em 1,06% em abril

Em todo o país, a inflação ficou em 1,06% em abril, após alta de 1,62% em março, segundo o IBGE – a maior variação para um mês de abril desde 1996, quando ficou em 1,26%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, apenas o de habitação registrou deflação em abril (-1,14%), pressionado pela queda no custo da energia elétrica no país.  Outros cinco grupos mantiveram alta dos preços, mas em intensidade menor que no mês anterior: o de transportes foi o segundo com recuo mais intenso, passando de 3,02% em março para 1,91% em abril. Já o indicador que dobrou na passagem de março para abril foi o de artigos de residência (de 0,57% para 1,53%), seguido de saúde e cuidados pessoais (de 0,88% para 1,77%) e comunicação (de -0,05% para 0,08%).

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No ano de 2022, o IPCA acumula alta de 4,29%, e saltou para 12,13% no acumulado em doze meses, acima dos 11,3% observados no período imediatamente anterior. Esta, portanto, é a maior inflação para o período de um ano desde outubro de 2003 (13,98%). Com o resultado de abril, são oito meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos.

Segundo o IBGE, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A menor variação ocorreu na Região Metropolitana de Salvador (0,67%), onde houve queda nos preços da gasolina (-3,90%) e da energia elétrica (-3,41%). O analista da pesquisa, André Almeida, explica que “a partir de 16 de abril, houve mudança na bandeira tarifária, que saiu de bandeira de escassez hídrica para a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança extra na conta de luz. Desde setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de escassez hídrica, que acrescentava R$ 14,20 a cada 100 Kwh consumidos”, explica.

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