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Cesta básica em Belém tem nova queda, mas ainda compromete a renda do consumidor

Preço médio em setembro ficou em R$ 672,84, com redução de 2,1% em relação a agosto

Thaline Silva*
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O custo da cesta básica de alimentos voltou a cair em Belém pelo quarto mês consecutivo, segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA) divulgado nesta quarta-feira (8). Em setembro, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta foi comercializado, em média, por R$ 672,84, valor 2,10% menor do que o registrado em agosto (R$ 687,30).

Mesmo com a sequência de quedas, os trabalhadores paraenses ainda comprometem quase metade do salário mínimo atual (R$ 1.518,00) para garantir a alimentação básica. O DIEESE calcula que uma família de quatro pessoas — dois adultos e duas crianças — precisou de R$ 2.018,52 apenas para cobrir gastos com alimentação no mês passado. Para isso, o trabalhador teve que dedicar 97 horas e 31 minutos de trabalho, das 220 horas previstas em lei.

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Quedas puxadas por açúcar, tomate e pão

A pesquisa mostra que a maioria dos produtos da cesta teve redução de preços em setembro. O açúcar registrou a maior queda, de 17,01%, seguido do tomate (-7,76%), pão (-3,15%), arroz (-2,93%), leite (-2,46%), manteiga (-2,25%), feijão (-1,85%) e café (-1,32%).

Em contrapartida, quatro itens tiveram alta no período: óleo de soja (+3,69%), carne bovina (+1,59%), farinha de mandioca (+0,85%) e banana (+0,50%).

Cesta ainda acumula alta no ano

Apesar das sucessivas quedas nos últimos meses, o custo da cesta básica em Belém ainda acumula alta de 1,05% em 2025, segundo o balanço do DIEESE com base no período de janeiro a setembro.

Entre os produtos com maiores aumentos acumulados estão o café, com alta de 40,16%, o tomate (+18,23%) e o pão (+5,33%). Já as principais reduções ocorreram no arroz (-27,85%), açúcar (-20,95%) e feijão (-13,11%).

Alta também no comparativo de 12 meses

Na comparação entre setembro de 2024 e setembro de 2025, a cesta básica de Belém apresenta acréscimo de 3,87%. A maioria dos itens teve aumento de preço no período, com destaque novamente para o café, que subiu 54,05%, seguido pelo óleo de soja (+17,84%), carne bovina (+11,17%), tomate (+8,08%) e pão (+5,66%).

Entre os produtos com queda no acumulado de 12 meses estão o arroz (-27,56%), açúcar (-21,50%) e feijão (-11,37%).

Comprometimento da renda

O DIEESE também estima mensalmente o salário mínimo necessário para cobrir despesas básicas de uma família de quatro pessoas, considerando alimentação, moradia, saúde, educação, transporte e outros itens. Em setembro de 2025, o valor ideal deveria ser de R$ 7.075,83, equivalente a 4,66 vezes o salário mínimo vigente.

O trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 49,09% da renda líquida com a compra da cesta básica nas 27 capitais, percentual ligeiramente menor que o de agosto (49,89%).

Produtos com redução de preços em setembro:

• Açúcar: -17,01%

• Tomate: -7,76%

• Pão: -3,15%

• Arroz: -2,93%

• Leite: -2,46%

• Manteiga: -2,25%

• Feijão: -1,85%

• Café: -1,32%

Produtos com aumento de preços no período:

• Óleo de soja: +3,69%

• Carne bovina: +1,59%

• Farinha de mandioca: +0,85%

• Banana: +0,50%

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

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