Cenoura, chuchu e maxixe sofrem queda no preço de mais de 10% no mês julho em Belém, aponta Dieese
Apesar da baixa em julho, feirantes estimam que o preço das hortaliças suba com a chegada do Círio e COP 30.

Belém registrou queda nos preços da maioria das hortaliças, verduras e legumes pelo segundo mês consecutivo. A informação é do levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), divulgado nesta quinta-feira, 14. Dentre os alimentos com maior redução estão a cenoura, chuchu e maxixe.
Segundo o estudo, a redução foi observada em julho, na comparação com junho, devido à maior oferta de alguns produtos. Porém, feirantes já alertam: a tendência pode mudar no próximo trimestre com a chegada do Círio de Nazaré e da COP 30, eventos que aumentam a demanda e pressionam os valores.
VEJA MAIS:
Quais produtos ficaram mais baratos em Belém
Entre os itens que mais recuaram no mês passado estão cenoura, chuchu, maxixe, beterraba, abóbora, cebola e batata. Apesar do alívio para o bolso, no acumulado de janeiro a julho a cebola e o maxixe ainda registram altas expressivas.
Maiores quedas em julho (2025)
- Cenoura: -14,98%
- Chuchu: -13,64%
- Maxixe: -10,81%
- Beterraba: -8,16%
- Abóbora: -8,13%
- Cebola: -7,07%
- Batata: -6,25%
O que dizem os feirantes
O feirante Nildo Moreira, que trabalha há anos na capital, confirma a queda de preços, principalmente da batata e da cebola.“A batata estava sendo vendida a R$ 12 o quilo e agora está R$ 10. A cebola chegou a R$ 10, mas hoje está entre R$ 8 e R$ 10, dependendo do tamanho”, contou.
Ele explica que a redução começou no fim de julho e início de agosto, mas alguns itens já subiram, como o repolho branco. “Antes era R$ 7 ou R$ 8, agora está R$ 10 o quilo. Tomate e cenoura mantiveram os preços. A gente tenta manter o valor negociando com o fornecedor e, quando vai aumentar, já avisa o cliente”, disse.
Alta de preços prevista no Círio e na COP 30
Com a proximidade dos grandes eventos em Belém, Nildo prevê aumento expressivo nos preços de frutas, verduras e legumes.“Vai ter uma procura grande. Banana, tangerina, maçã e pêra são as mais consumidas e devem ficar mais caras”, afirmou.
De acordo com o Dieese, o comportamento dos preços até o fim do semestre dependerá da safra, das condições climáticas e dos custos logísticos. A expectativa é de oscilações, com possibilidade de novas quedas, mas também de altas pontuais em períodos de maior procura.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA