Mercado reduz expectativas de inflação para 2025, aponta Banco Central
Para 2026 e 2027, as projeções permaneceram em 4,28% e 3,90%

As projeções do mercado financeiro para a inflação oficial de 2025 voltaram a cair, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (13), com dados de referência de 10 de outubro. A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 4,80% para 4,72%, após o último índice divulgado pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 9 de outubro, indicar uma abertura mais benigna.
Para 2026 e 2027, as projeções permaneceram em 4,28% e 3,90%, respectivamente. Apesar da melhora, o BC ressalta que a inflação segue mais próxima do limite superior da meta do que do centro, fixado em 3%. A autoridade monetária avalia que a trajetória de queda tende a ser mais lenta diante da desaceleração gradual da economia e do mercado de trabalho ainda aquecido.
As expectativas para o PIB não apresentaram mudanças: o crescimento projetado para 2025 continua em 2,16%, mantendo-se estável pela quinta semana consecutiva. Para 2026, a projeção segue em 1,80%, enquanto para 2027 houve leve recuo, de 1,90% para 1,83%. O Banco Central observa que o PIB perdeu fôlego no segundo trimestre, em meio ao arrefecimento da demanda doméstica, mas deve seguir sustentado por transferências fiscais e pelo emprego robusto.
As projeções para a taxa Selic também ficaram inalteradas, em 15,00% para 2025, 12,25% para 2026 e 10,50% para 2027. Embora o cenário inflacionário tenha melhorado, o BC considera prematuro discutir cortes de juros. O mercado, porém, aposta que o início do ciclo de redução da Selic pode ocorrer já na reunião de janeiro, enquanto analistas mais cautelosos projetam cortes a partir de março.
No câmbio, a taxa de R$/US$ 5,45 foi mantida para o fim de 2025. As estimativas para 2026 e 2027 caíram de R$/US$ 5,53 para R$/US$ 5,50 e de R$/US$ 5,56 para R$/US$ 5,51, respectivamente. A retomada do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) tem contribuído para a valorização de moedas emergentes, como o real.
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