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Até R$ 65,52: preço do azeite cai 3% em Belém, mas consumidores divergem sobre queda

Mesmo com a redução nos preços, algumas pessoas afirmam que o azeite ainda está inacessível; variação cambial é apontada como principal fator da queda dos preços, segundo Aspas.

Jéssica Nascimento
fonte

Nos últimos meses, Belém tem registrado uma desaceleração no preço do azeite, após uma sequência de altas nos últimos anos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o produto caiu 3,3% nos últimos 12 meses, 7,79% no acumulado do ano e 3,01% apenas no mês de julho, quando comparado a junho. No entanto, essa queda no preço não é uniformemente percebida pelos consumidores, que continuam a enfrentar diferentes realidades ao buscar o produto nos supermercados da capital paraense. Dados do Dieese/Pa enviados ao Grupo Liberal apontam aumento do preço em alguns tipos do produto em Belém. 

image (Foto: Wagner Santana)

O impacto da variação cambial

A principal explicação para a redução nos preços do azeite em Belém é atribuída à variação cambial, como explica Jorge Portugal, presidente da Aspas (Associação Paraense de Supermercados)

Segundo ele, a queda do dólar frente ao real tem refletido diretamente no custo do azeite importado. 

“O dólar mais baixo resulta em preços mais acessíveis para os consumidores”, afirma Portugal.

A percepção dos consumidores

Apesar da queda nos preços, a percepção dos consumidores sobre o preço do azeite ainda é divergente. Para Wilma Almeida, advogada, a redução tem sido sentida de forma positiva. 

“Eu uso azeite de oliva extra virgem direto para cozinhar e percebi bastante a queda. Até alguns meses atrás, o preço estava muito alto, chegando a R$ 55. Agora, já encontro azeite por R$ 40, o que representa uma queda substancial”, afirma Wilma.

image Wilma Almeida. (Foto: Wagner Santana)

Entretanto, nem todos os consumidores têm a mesma sensação. Graça Reis, aposentada, é uma das que ainda consideram o preço do azeite elevado. 

“Entro em supermercados diferentes e não vejo diferença nenhuma. Para mim, o azeite continua caro. Eu estou levando um azeite que custa R$ 61,79, o que é um absurdo. Não percebo nenhuma queda no preço”, relata Graça.

image Graça Reis. (Foto: Wagner Santana)

Dieese aponta aumento de até 20% nos últimos 12 meses

Dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) ao Grupo Liberal nesta quarta (20/08) mostram que, embora o preço do azeite tenha caído em alguns casos, a variação ainda é significativa

O azeite de oliva Gallo (500 mL), por exemplo, que no mês de julho de 2024 custava R$ 45,76, teve um aumento de 7,67% no período de 12 meses, atingindo R$ 49,27 em julho deste ano. 

image (Foto: Wagner Santana)

No entanto, o produto teve uma queda em alguns meses de 2025, com preços chegando a R$ 53,26 em junho, uma redução de 7,49% em relação ao mês anterior.

Já o azeite de oliva La Violetera (500 mL) apresentou uma alta mais expressiva, com um aumento de 20,18% entre julho de 2024 e julho de 2025, passando de R$ 54,52 para R$ 65,52

image (Foto: Wagner Santana)

Em dezembro de 2024, o produto havia registrado um aumento de 2,73%, com preços de R$ 63,78, e permaneceu estável em junho de 2025, com um leve crescimento de 2,70%, chegando a R$ 63,80.

Em um supermercado do bairro do Marco, visitado pela equipe do Grupo Liberal nesta segunda (18/08), o preço do azeite variava de R$ 31,69 a R$ 61,79.

 

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