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Aplicativo Açaí no Ponto é disponibilizado para cadastro de pontos de venda de açaí em Belém

A iniciativa irá registrar informações dos estabelecimentos para planejamento de políticas públicas

Esther Pinheiro | Especial para O Liberal e Paula Almeida | Especial para O Liberal
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Nesta quarta-feira (13), o aplicativo “Açaí no Ponto” ficou disponível para o cadastramento de estabelecimentos de comercialização de açaí em Belém. O sistema, que pretende mapear os pontos de venda na capital paraense para fortalecer economicamente o setor e facilitar o desenvolvimento de políticas públicas, foi desenvolvido através de uma parceria feita entre o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Prefeitura de Belém e Universidade Federal do Pará (UFPA).

A iniciativa tem como objetivo criar um banco de dados atualizado sobre a cadeia produtiva que atua na cidade, que, segundo estimativas, chega a cerca de 8 mil batedores artesanais. As informações, entretanto, não são precisas e, por isso, dificultavam no planejamento de ações como vigilância sanitária, descarte correto dos resíduos e acompanhamento de possíveis riscos à saúde. O sistema irá incluir dados como localização, nome do responsável pelo local e telefone para contato. 

O prefeito de Belém, Igor Normando, enfatizou a necessidade de unir a modernização da gestão pública ao fortalecimento de setores tradicionais da economia municipal. “Essa é uma parceria com a UFPA, o Ministério Público e a Prefeitura de Belém. Assim, garantimos que todo estabelecimento cadastrado esteja em dia com a Vigilância Sanitária e com as normas do município. Com o ‘Açaí no Ponto’, garantimos mais segurança aos consumidores, mantendo o produto dentro dos padrões adequados para o consumo e que o descarte dos caroços seja feito de forma correta”, disse.

A ação de cadastramento será realizada por Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que passaram por qualificação específica. O período para o registro dos pontos de venda será durante os dias 1 e 5 de setembro, durante visitas presenciais aos estabelecimentos. A promotora de Justiça Érica Almeida, coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor do MPPA, explica que a intenção do “Açaí no Ponto” é trazer às pessoas a informação de onde estão localizados e a quantidade de batedores de açaí de Belém, mas que ainda havia a pendência do registro formal dos batedores na capital paraense para alimentar o aplicativo.

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"Com isso, o Ministério Público fez essa intermediação com os órgãos e conseguimos que a atenção básica de saúde, através da coordenação da atenção básica, disponibilizasse os Agentes Comunitários de Saúde. Eles vão fazer uso do aplicativo e vão encontrar onde estão esses batedores de açaí para que os órgãos possam levar essas políticas públicas até eles e para o consumidor, trazendo mais saúde", explicou a promotora. 

Com a coleta de dados, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio da Vigilância Sanitária, irá direcionar ações que incluem o monitoramento das áreas com maior concentração de pontos de venda, a promoção de boas práticas no manuseio do fruto e a prevenção de males relacionadas à contaminação do açaí. Além disso, a reunião de informações também permite o planejamento estratégico nas áreas de segurança alimentar e sustentabilidade.

Fortalecimento do setor

image Segundo Hugo Lobato, cadastro irá beneficiar vendedores e compradores. (Igor Mota)

Hugo Lobato, gerente de um ponto de venda de açaí no bairro de Nazaré, no centro da capital paraense, acredita que a novidade terá um impacto positivo no segmento. “Assim como já acontece com diversos setores do mercado, a tecnologia vem para facilitar a vida do consumidor. E isso significa mais facilidade, mais comodidade na hora de fazer qualquer compra. Então, ajuda tanto o cliente quanto o vendedor, com toda certeza”, pontuou o empreendedor. 

O gerente também ressalta que o mapeamento dos pontos é crucial porque, para além da questão econômica, o açaí também possui uma carga significativa na questão cultural do Pará. Junto a isso, também é um alimento e, segundo ele, necessita de muita responsabilidade da parte do lojista. “Se a gente conseguir que um aplicativo dê as informações ao cliente de onde se trabalha com muita responsabilidade, a questão da higiene, da qualidade do fruto… eu acredito que todo mundo que tem uma seriedade no seu trabalho só tem a ganhar, tanto o lojista como o consumidor, no fim das contas. Então, sim, eu acredito que seja extremamente necessário e muito útil a todos”, concluiu.

 

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