Rebeca Jamir brilha em 'O Filho de Mil Homens', na Netflix
Em filme inspirado no livro de Valter Hugo Mãe, a atriz revela processo de emagrecimento para viver a personagem Isaura
Com uma carreira consolidada no teatro, a atriz Rebeca Jamir colhe os frutos do seu projeto na Netflix. Neste ano, ela realizou o sonho de estrear em um filme, Rebeca deu vida a Isaura no longa “O Filho de Mil Homens”, dirigido por Daniel Rezende e inspirado no livro de Valter Hugo Mãe. O filme chegou à Netflix no dia 19 de novembro.
Na obra, ela é a protagonista feminina e atua ao lado de nomes como Rodrigo Santoro, Johnny Massaro e Grace Passô.
A atriz natural do Recife, se viu mergulhada numa imensidão de “tristeza” e muita “dieta”, já que ela precisou perder muitos quilos para o papel, como preparação do trabalho.
“Isaura é a personagem mais diferente de mim mesma que eu já interpretei. Foi desafiador, mas incrivelmente atraente. Foi a grande facilidade e dificuldade, ao mesmo tempo, pois eu queria muito descobrir esse lugar tão antagônico a mim mesma. Foi um processo muito apaixonante. Perdi oito quilos para fazer essa personagem, queria fazê-la o mais parecido possível, como ela é descrita no livro. Foi desafiador fazer dieta. Ela tem um estado bastante triste e depressivo e precisa habitar nesse estado durante horas na filmagem e na preparação. Ser atriz tem dessas, mergulhar em profundezas para achar elementos que são da personagem. E a gente descobre muito sobre si nesse processo”, conta.
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A atriz explica que chegou no filme através da pesquisa de elenco do Luciano Baldan, depois de fazer alguns testes. Não havia lido o livro de Valter Hugo Mãe antes de receber a proposta para o filme, mas agora é fã da obra: “Li o livro cinco vezes antes de filmar, cada vez com um propósito. E li de novo recentemente, para ter tudo fresco antes de assistir”.
“Recebi só a sinopse, mas tive uma conexão energética profunda com Isaura, mesmo sendo muito diferente de mim”, acrescenta.
Sobre a emoção de estrear na sétima arte, ela revela: “Foi assistindo filmes que eu percebi que a minha paixão pelo ofício de atriz é irremediável. É a realização de um sonho. O cinema tem esse poder de cruzar muitas fronteiras, de chegar em muitas pessoas. E também é um documento do que aquele determinado grupo de pessoas estava querendo dizer naquele momento. Historicamente e culturalmente é uma arte importantíssima. Acho que a gente vive um momento muito forte e lindo no audiovisual do nosso país. E eu me sinto muito honrada de fazer parte”.
Além de atriz, Rebeca também é cantora, com atuação consolidada no teatro musical e presença cada vez maior no audiovisual. Nos palcos, construiu uma trajetória marcada por colaborações com criadores e protagonismos em companhias importantes da cena teatral. Em “O Ninho” (2024), atuou e assinou a preparação vocal e os arranjos de voz; em “A Divina Farsa” (2022), integrou o elenco como atriz convidada da Cia La Mínima. Também esteve em “O Bem-Amado Musicado” (2022), de Dias Gomes, com canções de Zeca Baleiro, e em “Cangaceiras – Guerreiras do Sertão” (2019), dentre outros. No streaming, também está na quinta temporada da série “Sintonia”, também da Netflix.
A atriz fala com entusiasmo sobre o equilíbrio que busca entre as diversas linguagens da arte: teatro, cinema, televisão e música. "Cada uma alimenta a outra e me faz crescer artisticamente. Quero me experimentar em todas, sem medo de desafios", diz.
Atualmente, ela vive em São Paulo se preparando para o próximo desafio. Em janeiro de 2026, ela estreia no elenco protagonista, como Juliana, no musical “Domingo no Parque”, inspirado na canção de Gilberto Gil, em São Paulo.
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