Global Wendell Bendelack conta sobre novos planos como roteirista

O ator paraense bateu um papo com o oliberal.com e falou sobre carreira, amor e planos.

Bruna Dias

Atuando há quase 25 anos como ator, o paraense Wendell Bendelack voltou ao Theatro da Paz para um bate papo com o oliberal.com. A felicidade de estar diante desse cenário tão representativo, que já interpretou alguns papéis, o artista falou sobre projetos, carreira e o relacionamento de quase duas décadas. “A minha maior frustração é nunca ter feito ‘Verde Ver-o-peso’”, disse ao se deparar com o teatro. 

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Como foi a sua saída de Belém. Fortes embora como advogado, como foi essa tua decisão?

R: Bom, eu me formei em direito aqui em 1995 para 1996, entreguei o diploma para minha mãe e fui atrás do meu sonho. Desde o final do 2º queria ter feito artes e a minha mãe sabiamente falou: ‘meu filho escolhe uma profissão, depois vai atrás do seu sonho’. Aí eu fiz direito, porque eu gostava de romance policial, achava que podia ser detetive, investigador. Mas gostei, me apaixonei, me formei, aí cheguei a trabalhar no Rio de Janeiro três anos com advocacia, mas depois o bichinho do teatro voltou forte.

Qual personagem achas o mais importante na tua trajetória?

R: Todo mundo fala que personagem é igual filho que você não tem um preferido, mas no fundo a gente tem um que a gente tem mais afinidade. Eu tenho uma personagem que é a Jezebel, que era uma professora de teatro na peça ‘O Surto’. Julgo e considero ela como um divisor de águas. Ela dava aula de teatro mas desestimulava as pessoas a fazerem teatro. Ela falava: ‘vocês entopem os cursos de teatro mas no fundo vocês querem fazer televisão. Então repitam comigo eu quero fazer novela’, e a plateia repetia. Teve um dia que o Gilberto Braga assistiu e me chamou para fazer uma novela dele. Então, eu acho que ela me abriu essa porta para o mundo da teledramaturgia, para o cinema. Sou muito grato a ela.

O teu rosto é muito conhecido da televisão, muito pelo humor, pouca gente sabe que tu é roteirista, me conta desse teus novos projetos.

R: Posso dizer que sou da geração novela. A minha babá eletrônica foi a televisão. E durante muito tempo admirava esse mundo, mas entendia de forma errada. Achava que eu queria ser ator, mas no fundo queria aquelas histórias. Cresci assistindo a Malu Mader, sou fã incondicional dela, mas por tabela eu era fã do Gilberto Braga que criava as histórias que ela participava. Então, eu achava que escrever novela era mais difícil, mais impossível do que atuar numa televisão, numa novela, num cinema, até mesmo no teatro. Quando apareceu essa possibilidade que a Cláudia Souto, que é a autora que colaborei em ‘Pega Pega’, agarrei com todas as forças do mundo e ela foi muito generosa comigo, me ensinou os macetes. Eu tinha novela na veia, eu sabia, entendia, mas ela me ensinou como é uma novela por dentro, o esqueleto do roteiro, o gancho para você querer ver no dia seguinte. Essa transição foi muito tranquila, com medo, mas hoje acho que fiz a opção certa, quero contar histórias, escrever histórias.

P: O que mais te encanta: novela, teatro ou cinema?

R: O meu plano de vida é contar histórias, escrever teledramaturgia, poder fazer o meu teatro, uma peça que eu produza e um filme de vez em quando atuar. Gosto de atuar, minha preferência é o cinema. Na televisão, gosto de escrever, porque o ator na televisão demanda muito tempo, muita dedicação, é muita espera, sou muito agitado, não consigo ficar parado, esperando para gravar. Além disso, nunca tive grandes personagens na televisão, fiz ‘Insensato Coração’, do Gilberto Braga, ‘Totalmente demais’, da Rosane Savassi, ‘Malhação’. Por isso talvez eu não tenha tanta essa sedução pela dramaturgia atuando. E se eu estou escrevendo, sou todos esses personagens, entende? Eu sou todo mundo. Então, nessa ordem, televisão escrevendo e atuando no teatro e no cinema.

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Você e o Rodrigo são tão representativos. Antes discretos, mas o público soube de uma relação antiga. Como você vê essa identificação pessoal e profissional?

A gente é um casal, a gente era muito discreto, agora não mais. Não ficávamos expondo a nossa vida, levantando bandeira, mas depois desse período tenebroso que estamos passando, achamos necessário o posicionamento e dizer: ‘somos um casal, nos amamos, nós somos uma família feliz, uma família com problemas como toda família tem, com altos e baixos, mas sobretudo fazendo o bem, tanto na vida profissional como pessoal’. As pessoas gostam de ver, a gente posta o nosso dia a dia com as gatas, com as mães, nossas festas, nossas tristezas, os nossos sonhos. A nossa casa ela é um parque de diversão. Rodrigo e eu, a gente tá juntos há 19 anos, a gente se conheceu na escola de teatro, a gente trabalha junto, um incentiva o outro, quando um está em cima, o outro puxa, quando o outro tá embaixo, o outro também incentiva, não tem competição, tem empolgação e estímulo, um estimula o outro.

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