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Se Rasgum realiza workshop gratuito para artistas e profissionais da indústria musical

Music On The Table (Mott)', que acontece entre os dias 8 e 11 de novembro no Palacete Faciola, Na Figueredo e Canto Coworking, com entrada gratuita

Emanuele Corrêa

O Festival Se Rasgum chega a sua 17ª edição e, além dos shows, propõe ações formativas com mesa redonda e workshops em eventos paralelos ao festival no "Music On The Table (Mott)", que acontece entre os dias 8 e 11 de novembro no Palacete Faciola, Na Figueredo e Canto Coworking, com entrada gratuita. A proposta do evento é reunir interessados na área de produção musical, na indústria da música e para refletir e qualificar o cenário.

Renée Chalu, diretora e programadora do festival Se Rasgum conta que realizar um Festival independente tem muitos desafios, ainda mais na Amazônia. Elenca, entre eles, os custos operacionais, que anualmente partem do "zero" e contam com patrocínios e incentivo de lei estadual de cultura, como a Semear. "Trabalhamos com cultura, o festival tem a premissa de trabalhar a nova música brasileira e amazônica, não somos um festival comercial e portanto dependemos de incentivos e parcerias diversas para colocar o festival em pé todos os anos. Essa retomada ao presencial está sendo bem difícil. Podemos dizer que fazer um festival como o Se Rasgum na Amazônia por 17 anos seguidos é um ato de resistência", afirmou.

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Sobre o bate-papo e workshop, a diretora diz que o evento oportuniza os profissionais, artistas, jornalistas e público interessado, conectarem-se e trocar experiências. "Nós conseguimos reunir um time de profissionais do mercado musical super potente de diversas partes do país e que atuam em diferentes campos da indústria, são jornalistas, curadores, produtores de selos musicais, plataforma de streaming, realizadores de festivais entre outras áreas. É muito difícil conseguir reunir esse time de profissionais em um só lugar, e os festivais de música, como o Se Rasgum, proporcionam esses encontros e experiências", arguiu.

Questionada sobre como a Amazônia, a sustentabilidade, está presente nesta formação,  Renée destaca que o Festival fala sobre essas Amazônias por meio da programação. "A Amazônia está totalmente curada na programação do Festival Se Rasgum, somos um festival amazônico que tem na sua essência fomentar a música produzida na região, sua cultura, sua diversidade e por consequência o habitat que estamos inseridos", disse.

"Somos muitas Amazônias, e essa produção cultural reflete em todas as nossas ações e nas causas que abraçamos, como a preservação da nossa floresta e toda a cultura rica que ela representa para o mundo todo. E, através da nossa música, nossa sonoridade, e da arte conseguimos contribuir/dialogar com as questões na Amazônia, através de ações sustentáveis para realizar um evento mais limpo, educando o público e conscientizando sobre consumo consciente dos recursos naturais, da proteção dos nossos rios e flora e alertando sobre a situação climática  alarmante da Amazônia", completou.

 

Confira a programação de bate-papo:

MOTT - 8/11, das 19h às 21h - Ná Figueiredo - Av. Gentil Bitencourt, 449 Nazaré, com Barral Lima, CEO do grupo UN Music, será o ministrante do workshop “Gestão de carreiras 360º na música”.

MOTT - 9/11 - Palacete Faciola - Av. Nª Sra. de Nazaré, 194 - Nazaré. Mesa-redonda “Turnê internacional. Quais os caminhos abertos para a América Latina, Europa e Estados Unidos?”. Com mediação de Marcelo Damaso, programador do Festival Se Rasgum, a mesa terá o empresário suíço André Bourgeois (Urban Jungle - Céu/Boogarins/Otto), Thiago Piccoli (Noize Media) e Ícaro Lima (Xaninho Discos). “Podcasts, conteúdos para redes sociais, transmissões ao vivo: para onde está indo o jornalismo musical?”, que terá a participação de Ricardo Schott  (Pop Fantasma), Laura Capanema (Deezer), Edvaldo Souza (produtor cultural) e Clemente Magalhães (Corredor 5).

MOTT - 10/11 - Palacete Faciola -  Av. Nª Sra. de Nazaré, 194 - Nazaré. workshop “Ação-Musical-dramatúrgica”, Com Bia Nogueira. A tarde, Bia será mediadora na mesa “Perspectivas, conquistas e mudanças no mercado musical no Brasil nos últimos anos” com participação de Fabiana Batistela (SIM São Paulo), Luciana Adão (Oi Futuro), Natasha Leite (Mulheres na Técnica) e Amanda Brito (Favela Sounds).

MOTT - 11/11 - Palacete Faciola (workshop pela manhã) / Canto Coworking (14h as 17h)  - Av. Serzedelo Corrêa, 15  Nazaré. Mesa redonda “O Futuro dos Festivais e a Sustentabilidade. Como a música e outras linguagens artísticas e culturais podem contribuir com as questões ambientais na Amazônia?”. como Sonia Ferro, da Lambateria e Lilian Fraiji, do LabVerde, além de especialistas em sustentabilidade, como Samantha Chaar, do Composta Belém e Rafael Ferraz, do British Council e Márcia Kambeba, artista e ativista indígena. A mediação fica por conta de Luciana Adão, da Fundação Oi Futuro.

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