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Poesia: Raimundo Gadelha lança ‘Côncavo e com versos’ em Belém

Versos virão à tona nesta quinta (18), às 19h, no Tuy Cultural, na rua dos Tamoios, 1587, no bairro de Batista Campos

Eduardo Rocha
fonte

“Côncavo e com versos” é o título do novo livro do poeta pernambucano Raimundo Gadelha, muito conhecido da cena artística e de comunicação em Belém. O lançamento dessa obra ocorre nesta quinta-feira (18), às 19h, no espaço Tuy Cultural, no bairro de Batista Campos, em Belém. Gadelha mostra neste trabalho que mantém uma relação umbilical com as imagens, tanto que além dos poemas a obra traz ilustrações feitas com o uso da Inteligência Artificial. Imagens e versos têm seu ponto de partida na sensibilidade desse autor, que entre outros poemas no livro revela ao público a construção de “Radiografias”.

“Um dia escrevi que grandes cidades vivem dentro de mim. Hoje, ouvindo o Concerto nº 1 de Tchaikovsky, conserto: mesmo que poucos percebam todos carregam em si cidades, países, montanhas, mares, estrelas, florestas. Dos animais dentro de nós preferimos o mais feroz. Somos peças que o Universo o tempo todo replica. O que fica e a tudo se presta é esse mutante mistério que de tão intenso e belo nunca deverá ser decifrado”.

O título sugestivo “Côncavo e com versos” tem uma explicação específica de Gadelha. “Os poemas são intimistas, alguns memorialistas, e há sempre um jogo de palavras que ora escancara, ora apenas sugere sentimentos. É uma ‘poética tentativa’ de, a partir do interior (côncavo) sentir, perceber o externo (convexo)”. Como detalha o autor, o livro traz ao público 40 poemas e 40 ilustrações produzidas com recursos da IA. E no lançamento haverá uma exposição de 18 quadros com poemas e imagens extraídos do livro. 

Artes

 O lançamento do livro será em grande estilo, ou seja, com  muita música, poesia e pessoas muito especiais, como diz Gadelha. “O Tuy Cultural  (Rua dos Tamoios, 1587) que está apoiando o evento, contará com a participação de Andréa Pinheiro, Arthur Nogueira, Márcia Duailibe, Marton Maués e Sandra  Duailibe. Sinto-me lisonjeado e sei que com artistas desse quilate o sucesso do lançamento está mais do que garantido”, diz o poeta.

A publicação é da Espelho D’Alma, editora que Gadelha dirige e que sucedeu à  Escrituras Editora que fundou em 1994.  Raimundo Gadelha já lançou 28 livros em gêneros diversificados: poesia e literatura infanto-juvenil e tanka, forma clássica da poesia japonesa com apenas 31 sílabas distribuídas em cinco versos. O primeiro deles, “Tereza, perdida Tereza”, é um livro de contos e foi publicado em Belém, no ano de 1978.

Esse autor sabe muito bem o significado de se lançar um livro. “É a permanência na estrada, o continuar viajando, mesmo sem que haja conhecimento do destino. O movimento das palavras, o som das sílabas tornam-se sonho e sonho é essência”.

Os poemas de “Côncavo e com versos” seguem uma lógica de seu autor, como ele próprio revela. “Valorizo muito a disciplina, mesmo sendo um poeta. No ano 2000, decidi publicar um livro por ano e, dessa forma, cada nova obra é escrita no ano de sua publicação”. Gadelha diz que não existe um tema definido para os poemas, mas todos eles “têm um forte embasamento filosófico”.

Um dos poemas no livro que de Gadelha gosta muito é justamente “Radiografias”.  “É uma tentativa (sofrida até) de nos fazer ver que, no Universo, estamos em tudo e  de tudo fazemos parte. Só que, pobres criaturas, quase sempre esquecemos de estar em nós”, pontua o poeta nascido em Serra Talhada (PE) e registrado em Patos (PB), numa dupla “cidadania nordestina”.

Por mais contraditório que possa parecer, Gadelha divide seu tempo entre a literatura (poesia, em especial) e o mercado financeiro. Ele tem uma relação muito forte com a Cidade de Belém.

“Estive pela primeira vez em Belém em 1976, quando atuava na Publicinorte Invest Ltda., na época a maior agência de varejo do Ceará. Começamos a atender várias empresas paraenses e já no ano seguinte eu fundei a Logos Publicidade e Promoções que, dois anos depois, se associou à Scala Comunicação e virou Scala Norte”, conta Gadelha. Em Belém, o poeta que mora em São Paulo fez muitos amigos.

A arte de escrever poemas, no caso de Raimundo Gadelha, começa na atenção a tudo. “Procuro me manter sempre receptivo ao que vejo e ouço. O mundo é fonte inesgotável poesia que apenas precisa de sensibilidade e de um olhar aguçado para traduzi-la em palavras. Tento fazer o mesmo com a fotografia e não por acaso muitos poemas nascem de uma foto que fiz ou que poderia ter feito”, diz.  

 

Serviço:

Lançamento do livro “Côncavo e com versos’,

de Raimundo Gadelha

Em 18 de dezembro de 2025,  às 19h

No espaço Tuy Cultural, na rua dos Tamoios, 1587, no bairro de Batista Campos

 

 

 

 

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Cultura
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