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Primeiro filme brasileiro sobre São Jorge chega aos cinemas em abril

Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, Alexandre Machafer, que dá vida à São Jorge no cinema, revelou desafios e emoções por trás da produção

Gabi Gutierrez | O Liberal
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De protetor de times de futebol a padroeiro de grandes cidades, São Jorge é uma das figuras religiosas de maior devoção do Brasil. E 2024, o Santo Guerreiro vai para as telonas no filme “Jorge da Capadócia”, a primeira produção nacional a contar a história do Santo Guerreiro. A história chega aos cinemas brasileiros em 18 de abril e promete trazer dragões e batalhas estilo ‘Game of Thrones’. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, Alexandre Machafer, diretor, produtor e ator que protagoniza o longa, fala sobre o projeto.

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O longa dirigido, produzido e estrelado por Alexandre Machafer será lançado nos cinemas nacionais no dia 18 de abril.

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A devoção ao santo foi uma das principais motivações dos artistas para criar esse projeto. Alexandre Machafer conta como surgiu a relação íntima com São Jorge, que remonta à sua infância. “A minha avó era uma mulher muito forte, muito determinada, muito focada. Passou por muitas coisas e tudo o que ela fazia, ela pedia para São Jorge. Eu convivia muito com ela. Aquela imagem e esse simbolismo, ele é muito interessante e desde criança me chamou a minha atenção. Comecei a estudar sobre ele e falei, nossa: Acho que eu curto esse cara aí”, explicou o ator.

Alexandre também destaca a ‘onipresença’ de São Jorge como algo que o encanta e os aproxima ainda mais: “Eu o vejo sempre em diferentes lugares. E acho que isso que é o mais importante, o mais bacana é ele estar nos bares, tá na polícia, nas escolas de samba, no futebol e, enfim, do exército, polícia militar, igrejas ortodoxas, igreja católica e tudo o que a gente possa imaginar. Então, essa essa figura que transmite tanta coisa positiva também me chamou a atenção. O São Jorge já mexia comigo.”

A ideia de produzir um filme sobre São Jorge surgiu quando Machafer decidiu estudar artes cênicas. Desde então, ele carregou esse projeto consigo, até finalmente realizá-lo em 2015. “É a realização de um sonho antigo. Eu estou há 16 anos para realizar esse filme. Há 16 anos, desde a ideia, e 5 anos trabalhando nele na pós-produção que a gente filmou em 2019”, revelou.

Segundo ele, "Jorge da Capadócia" não se limita a uma abordagem religiosa, mas busca explorar o sincretismo presente na devoção popular, além de apresentar a história do homem por trás da sua história. “A gente traz o sincretismo na devoção e na fé de cada um. Além da imaginação, queríamos contar um filme, épico, histórico, então é a história do Jorge. Este não é um filme que a gente fala da igreja católica ou que fala da umbanda, do candomblé, não tem essa essa relação. Nossa relação é com a história e com o homem. Mas, trazemos, claro, toda essa referência do sincretismo.”

As filmagens ocorreram em locações no Rio de Janeiro, Niterói e na Capadócia, com um tempo total de aproximadamente cinco semanas, segundo o ator. Assim como a história, a realização do filme teve seus ‘dragões’. Alexandre revela que a equipe lidou com desafios logísticos, especialmente durante as filmagens na Capadócia, onde o número reduzido de membros da equipe brasileira tornou o processo mais desafiador. Precisamos contar com o translado, todo esse deslocamento e organização. No Rio de Janeiro a gente tinha uma equipe muito legal, grande. Chegamos a ter 300 pessoas no set, mas na Capadócia, foram apenas 25 pessoas daqui do Brasil. Foi uma pena, porque a gente teve que cortar muita gente, que é muito pouco para um filme, uma produção grande. Mas a gente conseguiu”, pontuou.

O artista contou que por causa do baixo orçamento, acabou assumindo múltiplos papéis no projeto, participando não apenas como diretor e produtor, mas também como ator, o que exigiu um esforço adicional para equilibrar todas as responsabilidades e contou como funcionou o processo: “Eu tinha que assumir essa responsabilidade. Então eu tinha que pensar como diretor, como ator, e tinha que pensar que aquela cena estava custando muito dinheiro, então eu precisava acertar, precisava fazer com que tudo funcionasse”.

Sem ir a fundo nos spoilers, Machafer falou sobre a representação do dragão que chegou a ser comparado aos de "Game of Thrones". Segundo ele, o ícone vem com uma abordagem mais simbólica. “Acreditamos que o maior dragão esteja dentro de nós. E é isso que acontece no filme. A luta do Dragão de São Jorge acontece em outro plano, no plano mental, é o medo chegando, é a maldade acontecendo. Então, de fato, colocamos o Dragão nesse plano com o Jorge, e a briga dos dois, eu faço essa alusão ao ser humano que precisa lutar diariamente com o seu dragão, eternamente”, revelou.

O filme chega aos cinemas em 18 de abril, próximo do dia em que se celebra a devoção ao Santo Guerreiro no Brasil (23). Além de Machafer, o elenco ainda conta com Cyria Coentro, Roberto Bomtempo, Ricardo Soares, Miriam Freeland, Augusto Garcia, Antônio Gonzalez, Roney Villela, Adriano Garib, Charles Paraventi, Milton Lacerda, Silvio Matos, Robson Maia, Miguel Mareli Lesqueves e Louise Clós.

Assista o trailer:

Sinopse

Condecorado como novo capitão do exército, Jorge agora se vê diante de seu maior desafio; ser fiel à sua fé ou sucumbir às ordens do imperador Diocleciano. A produção também foi transformada em um livro: “Jorge da Capadócia: os bastidores do primeiro filme sobre o santo guerreiro”. Com uma edição em português já disponível, agora o livro será lançado no idioma turco. A obra foi escrita por Alexandre Machafer e Crib Tanaka.

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