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Pré-Carnaval de Belém movimenta economia, foliões e profissionais

O setor do entretenimento entrega diversão e eventos de acordo com os protocolos exigidos. Foliões e profissionais seguem empolgados com as festas carnavalescas na capital paraense

Bruna Dias / O Liberal
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“A minha alegria depende do Carnaval”. É desse jeito que a servidora pública Karoline Lima, 25 anos, define sua paixão pela folia. Convivendo com a animação que a época proporciona desde a infância, em decorrência do amor que seus pais têm pelo Carnaval e samba, ela acredita que o seu amor começou ai. Karoline faz questão de contar que seus 15 anos foram comemorados com um baile carnavalesco com abadá.

Mas o amor de Karoline se expandiu também para as micaretas. A foliã já garantiu seus ingressos para os blocos do pré- Carnaval de Belém, além de antecipar que vai marcar presença nos bloquinhos do Rio de janeiro, local para onde vai viajar em fevereiro.

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“Tomei vacina a minha vida toda e tenho vários problemas de saúde. Desejei muito a da covid-19. Já tomei a dose de reforço e acredito muito na ciência, então isso me deixa muito segura. Acredito que o coronavírus vá existir para sempre, mas a vacina está ai para proteger a gente e sinto tranquilidade para curtir festas. Esse negacionismos de informação me entristece muito”, explicou a foliã.

Vacinada e mantendo as normas sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), Karoline já abriu a mala onde guarda seus adereços do Carnaval e segue customizando seus abadás para os finais de semana. “Se eu pudesse eu só andava carnavalesca, com muita cor e brilho. Se eu pudesse viveria só de festa a fantasia para criar”, diz empolgada a servidora.

O administrador Carlos Magno tem uma energia invejável e a empolgação é semelhante a de Karoline. “Meu pré-carnaval já iniciou em Belém com todos esses blocos incríveis. Em seguida tem o Rio de Janeiro, saio em todos aqueles blocos que por lá existem, o Cordão do Bola Preta é um deles. Na sequência vou para a Marquês de Sapucaí viver as escolas de samba. Passado esses três dias, finalizo nos blocos de São Paulo, o de Daniela Mercury fecha o circuito”, antecipou.

image Carlos Magno é um folião que marca presença nos blocos de Belém. (Reprodução)

Cansou só de ler, o folião garante que há uma preparação para tantos dias de festa: “meus amigos também ficam admirados, acho que é pelo fato de gostar muito mesmo de carnaval, que eu ‘queria que essa fantasia fosse eterna’ (risos)”.

A dica do administrador para o Carnaval deste ano é vacina e boa alimentação. “Antes, durante e depois muita água para hidratar bem, sucos e frutas e uma refeição com bastante saladas. Depois da farra, um caldo é a melhor pedida.  Como sou paraense prefiro os que eu faço com tucupi”, contou Carlos Magno.

Setor não acredita em lockdown

Em decorrência da pandemia, Belém segue com o pré-Carnaval e micaretas todas no setor indoor. A ordem é permitir nos locais apenas pessoas com as duas doses de vacina contra a covid-19 tomadas, além de garantir uma higienização e as normas sanitárias exigidas.

“Seguimos todas as normas definidas pelo poder público, estamos sempre atento as possíveis mudanças e em comunicação com os órgãos competentes, para que possamos nos enquadrar sempre nessas normas. Por enquanto a expectativa de mudança é mínima para os eventos privados. Temos controle sobre a carteira de vacinação, de temperatura e higienização. Então, o público pode ficar tranquilo enquanto os eventos privados, inclusive em relação a compra de ingresso, que os eventos vão ser realizados. Não vejo em um horizonte próximo interdição de eventos privados no Estado do Pará’, informou Calilo Kzam, diretor da Bis Entretenimento.

O diretor antecipou que a empresa já tem 15 eventos agendados para este ano, para os mais diversos públicos. “Henrique e Juliano, Roberto Carlos, Gusttavo Lima e Zé Neto e Cristiano, são alguns dos shows confirmados, mas anda vamos ter dois festivais, um de rock e outro multicultural”, contou Calilo Kzam.

Há quase 30 anos trabalhando no mercado musical, Júlio Cezar Patricio, além de cantor também é sócio de um bloco do pré-Carnaval. Ele tem sentido de perto o resultado da paralisação, mas entende que o momento pede. Com todas essas necessidades para se enquadrar nas novas normas, Júlio sente os impactos profissionais e na economia.

“Não tenho a menor dúvida que o público sente essas mudanças. O Carnaval é uma festa democrática, lógico que o circuito indoor, que querendo ou não traz um pouco mais do capitalismo, comércio, que faz parte do entretenimento. Por isso a importância da música de rua, porque ela acaba permitindo que aquele cara que não se preparou para o momento possa se divertir de alguma forma. É muito tradicional e comum ver as pessoas se fantasiando nas ruas, com seus grupos. Acho que o Carnaval sem rua perde seu brilho enquanto festa popular, mas que a gente também compreende, sobretudo pelo momento que passamos”, avaliou Júlio.

O músico que tem no seu currículo anos puxando trio elétrico e sente não só a falta dessa euforia, mas sabe que é necessário precaução. Júlio sabe o quanto as pessoas estão vulneráveis em ambientes festivos, mas acredita na importância e sente um certo preconceito em relação ao entretenimento. “Existem poucas reclamações a outros setores que continuam abertos e tem alto poder de contaminação, mas não fecho os olhos, tenho certeza que nos shows falamos mais perto um do outro, bebemos na garrafa de algum amigo e estamos mais expostos.  Mas vejo preconceito e um desconhecimento sobre o nosso setor, principalmente numa cidade como Belém, que vive de serviço. As pessoas quando lembram de um momento especial da sua vida, geralmente são com músicas e em ambientes festivos”, acrescentou o profissional.

Com a volta do pré-Carnaval, a estilista Simone Abtibol viu a empolgação das suas clientes voltar. Especialista na customização de abadás de luxo, a profissional viu o volume de pessoas crescer neste início de ano. “Trabalho principalmente com mulheres que amam o Carnaval, então, quando começa em Belém essa movimentação, elas já ficam super ansiosas, escolhendo pedrarias, modelos, tecidos. A produção está intensa”, contou Simone.

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