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Paraenses escolhem tecnobrega, rock e internacionais como ritmos de ‘Verão’ que marcam férias

Seja em discos de vinil ou em serviços de streaming, as canções são capazes de ultrapassar gerações e marcar estação mais quente do ano

Amanda Martins
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O verão no Pará é sinônimo de alegria, animação e energia contagiante. E para entrar no clima e desfrutar ao máximo das altas temperaturas do mês de julho, nada melhor do que escolher aquela música especial para marcar as férias. 

Dos discos de vinil aos serviços de streaming, as canções seguem marcando cada geração em uma estação quente diferente. É o caso do engenheiro sanitarista e ambiental, Bruce Morais, de 29 anos. Apaixonado por música, desde pré adolescente sente que as canções serviram para formar a personalidade, e o que era apenas um hobby, de gostar de baixar música na internet, virou uma profissão. Hoje, além de tocar como DJ em casas noturnas, ele também é dono de uma loja virtual de discos de vinil. 

image Bruce Morais (Ivan Duarte / O Liberal)

Como não poderia ser diferente, Bruce, que sempre gostou de marcar as fases da vida com uma boa trilha sonora, teve uma música em específico que marcou o seu verão passado: “Manguetown”, do grupo Chico Science e Nação Zumbi. Ele relembra que a primeira vez que ouviu a canção foi  durante uma viagem de carro, em 2010,  com um amigo e o avô dele, para passar um dos finais de semana de julho nas praias  de Salinópolis (PA). 

“Antes de ir, o meu amigo passou na casa do pai dele e pegou alguns CDs emprestados para a gente ouvir durante a viagem e um deles era o álbum ‘Afrociberdelia’, segundo álbum do grupo pernambucano. Nunca esqueço o quanto essa música grudou na minha cabeça com os versos:’Fui no mangue, catar lixo, pegar caranguejo e conversar com o urubu’”, contou Bruce sobre como o single ficou marcado em sua memória.

Bregas marcantes eternizam férias de paraenses 

No cenário musical paraense, existe uma diversidade de gêneros e estilos que se encaixam perfeitamente na atmosfera descontraída do verão, como os famosos tecnobregas. O single “Ex My Love”, da cantora Gaby Amarantos, foi escolhido como a que marcou as férias passadas do músico Eduardo Barbosa, de 37 anos. Na época, o guitarrista costumava ir com frequência para a Ilha do Mosqueiro (PA) e guarda boas recordações de estar na praia com amigos e primos ouvindo a música. 

image Músico Eduardo Barbosa (Foto/ Kleyton Silva)

“Marcou bastante tanto por ser uma artista paraense com exposição nacional como por ter sido tocada à exaustão na época, o que é ótimo. Tocou demais em Mosqueiro”, acrescentou Eduardo. 

Outra musica destacada por ele é “Amor de Verão”, do Luiz Guilherme, que apesar de não ter sido presente em suas férias, mas segundo Eduardo, “tem a cara desse período” de veraneio. 

O verão da historiadora Beatriz Larêdo, de 24 anos, também foi marcado pelos bregas. De acordo com ela , todos os fizeram sucesso de alguma forma estiveram presentes em suas férias no interior do Pará. Mas, dentre tantas opções, Beatriz chama atenção para a música  “Super Pop”, do Bruno e Trio, que ficou eternizada na memória afetiva dela por causa do refrão.

“O famoso ‘Vinte quatro horas pensando em ti’ é a música mais marcante para mim. No Verão de 2008 esse brega fez sucesso e eu fui escondida dos meus pais para o Igarapé. Grandes momentos de aventura enquanto ouvia o famoso ‘Faz o S pra mim'", relembrou a historiadora.

Ela e o pai, José, de 71 anos, sempre tiveram uma ligação especial pela música. Foi com ele que Beatriz aprendeu sobre músicas, bandas e desde pequena foi educada a ter cuidado com os discos de vinil, CD 's e  aparelhos de som. “Sabia que eram objetos de muita estima do meu pai”, acrescentou a jovem.

A historiadora revela que conforme foi crescendo passou acumular suas músicas favoritas, e hoje, com o auxílio de um aplicativo de músicas cria diversas playlists baseadas em todos os momentos em que viveu ao lado do pai. 

Para José Larêdo, não é diferente. Segundo ele, a música sempre esteve presente em sua vida, e tudo o que faz, precisa ter um “som” por perto. “Durante o cotidiano, como professor de história, sempre apresentava aos meus alunos trechos de música pertinentes ao assunto. Dentro de casa com minha família ou entre meus amigos, a música faz parte de nossos diálogos”, complementou. 

Opções diferenciadas

Engana-se quem pensa que o rock e os singles internacionais não podem ser opções para embalar os dias ensolarados e as noites quentes do verão.  O pai de Beatriz afirmou que todas as vezes que a família decide viajar para algum lugar, é comum se reunir para fazer uma seleção de músicas para escutarem no percurso. E, foi assim, que “Telstar”, da banda The Tornados, ganhou um significado a mais para José Larêdo. 

image José Larêdo (Arquivo pessoal)

“Quando a Beatriz tinha por volta dos 9 anos, ela chegou até mim e perguntou qual era o nome de uma música que tínhamos escutado em uma das nossas viagens. Ela cantarolou para mim e eu, apenas ouvindo aquela melodia sincera de quem tentava lembrar de algo, compreendi e busquei nos meus CD’s”, afirmou o historiador. “Até hoje, quando viajamos, a música Telstar sempre está sempre. É muito especial para nós”, complementou. 

Confira as apostas de hits para o verão de 2023

Beatriz afirmou que saber qual será a música tendência no verão de 2023 é muito relativo, porque com a velocidade que as informações viralizaram torna-se, rapidamente, qualquer assunto “antigo” e, que o campo musical não é diferente. 

“Dessa maneira, acredito que as músicas que mais fazem sucesso no verão são aquelas mais animadas, aceleradas, que dão vontade de dançar e se divertir”, acrescentou a historiadora. Então, ela aposta nas cantoras Anitta e Shakira, assim como também nos funks, por ser um dos ritmos mais atrativos entre os jovens. 

 

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