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Obras do artista paraense Ronaldo Guedes seguem expostas em Nova Iorque; entenda

O artista faz parte da exposição Deep Marajó: Contemporary Marajoara Cerâmica, realizada pelo Museu Emílio Goeldi em parceria com o América Society

O Liberal
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A cerâmica contemporânea do Marajó está em Nova Iorque, em exibição na exposição “Deep Marajó: Contemporary Marajoara Ceramics”. A mostra do Museu Emílio Goeldi em parceria com Americas Society traz, entre obras de outros artistas plásticos, criações de Ronaldo Guedes, que passaram pela curadoria da pesquisadora e arqueóloga Helena Lima, pesquisadora titular da área de Arqueologia do Museu. Também estão exibidas fotografias da artista e pesquisadora Anita Ekman, que retrata a iconografia indígena. A exposição tem ainda o apoio do Consulado do Brasil em Nova Iorque.

A exposição foi aberta no dia 25 de janeiro, e inicialmente iria até o dia 20 de maio, mas foi prorrogada até o dia 22 de julho. Ronaldo Guedes representa na mostra o ateliê Arte Mangue Marajó, inaugurado em 2003 em parceria com Cilene Andrade. Nesta quinta-feira, 4, ele participa de roda de conversa ao lado dos pesquisadores Glenn Shepard e Michael Heckenberg, também em Nova Yorque.

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Ronaldo Guedes explica que o ateliê Arte Mangue Marajó é um espaço de produção e difusão da arte cerâmica marajoara. “Ele reúne um grupo de ceramistas que produzem cerâmica de modo tradicional, preservando as técnicas e criando novas peças a partir de um olhar da arte contemporâneo. O ateliê é um importante difusor da cultura marajoara tanto para comunidade quanto visitantes”, explica.

Além do Arte Mangue Marajó, estão presentes também na exposição o Instituto Mãos Caruanas, projeto criado pelo pajé Zeneida Lima com o objetivo de propagar tanto a história quanto as práticas artesanais de comunidades indígenas, e a Americas Society, fórum que se dedica à educação, debate e diálogo nas Américas.

A Dra. Helena Lima, curadora da exposição, explica que o objetivo é mostrar “as raízes profundas que as artes marajoaras têm desde os primórdios da ocupação do arquipélago. “Mas, o mais importante é enfatizar que esta arte, milenar, está muito viva nas mãos dos artistas locais. Trazemos réplicas, leituras e releituras contemporâneas da cerâmica arqueológica marajoara, e também criações escultóricas sensíveis inspiradas na relação que as pessoas possuem com os mangues”, pontua Helena, responsável pela Coleção Arqueológica do Goeldi e coordenadora do Projeto Replicando o Passado, cujas peças também se encontram na exposição.

Trajetória de Ronaldo Guedes

“A minha produção artística é marcada pelas reflexões acerca do equilíbrio entre homem e natureza. No início produzia peças com raízes, sementes e cipós. Depois, passei a me dedicar a produção de esculturas em madeira, reaproveitamento madeiras descartadas nos quintais de Soure”, relembra Ronaldo Guedes.

De acordo com ele, em 2004, encontrou com a cerâmica em um momento de inquietação, quando buscava algo que o aproximasse de sua identidade marajoara. “Logo começo um processo de pesquisa sobre a história da ocupação no Marajó, sobre a cerâmica produzida por povos originários e os diversos saberes e fazeres (modelagem, pigmentos e iconografia) dessa arte milenar”, destaca.

Apesar do legado deixado pelas populações originárias, Ronaldo percebeu que a arte marajoara e que a discussão sobre ancestralidade era pouco expressiva no próprio município. “Pus-me a refletir sobre a carência de ações difusoras da nossa ancestralidade, do nosso território e comecei um trabalho de experimentação autoral. Em seguida, convidei alguns moradores do bairro Pacoval para produzir cerâmica junto comigo e a partir desse momento formei novos ceramista e fundei o ateliê Arte Mangue Marajó”, completa o artista plástico.

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